Racismo nos Estádios da América Latina
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Como combater o crescimento de casos de racismo nos estádios da América Latina
seg 18 jul/22

Como combater o crescimento de casos de racismo nos estádios da América Latina


Não é de hoje que vivenciamos nos estádios casos de racismo, machismo, LGBTfobia e outras diversas discriminações que ganham holofotes e repercutem para além dos campos de futebol.
Muitas das vezes os casos, como por exemplo o de racismo no futebol, começam com xingamentos ou algum tipo de sinal ou símbolo, que remete uma ofensa e infelizmente, não podemos negar, que os jogadores negros têm recebido ofensas de todos os lados, tanto da sua torcida, como da torcida adversária, como dos dirigentes, como dos próprios jogadores que estão em campo e também pela principal fonte de influência do momento atual, a mídia.

De qual forma o preconceito no futebol influencia a sociedade?

 

O futebol encanta pessoas de todas as idades e não é à toa que ele é o esporte mais praticado e mais popular do mundo, ou seja, jogos de futebol são constantemente transmitidos em televisões do mundo todo.
Mas infelizmente, situações que acontecem em algumas partidas como atos preconceituosos e racistas, que muitas das vezes acabam em violência, acabam sendo transmitidos massivamente pelos meios de comunicação e pode influenciar deste crianças até idosos, a reproduzir e praticar tais atitudes, pois muitos torcedores têm os atletas como ídolos e exemplos, sendo influenciados pelas atitudes dos jogadores.
Outro ponto é a naturalidade que muitas pessoas vêm tratando as atitudes racistas, o pode acabar ocasionando em um quadro de violência, onde toda a sociedade sairá prejudicada e arruinada.

A impunidade

Denúncias de racismo, homofobia e sexismo nos estádios aumentam ano após ano, sendo que a maior parte das ocorrências em estádios brasileiros envolvem racismo ou injúria racial. Mas o que tem sido feito?
A impunidade para este tipo de crime é o que torna ele cada vez mais comum, fazendo que pessoas se sintam seguras em fazer comentários racistas pois sabem, que na maioria das vezes, passarão impunes.
Infelizmente os atos racistas são na verdade um reflexo do racismo estrutural em nosso país e a falta de pessoas negras em posições de comando escâncara essa realidade.
Também vale a pena mencionar que com a popularização das redes sociais, os racistas ganharam um novo espaço para se manifestar.
Lamentavelmente muitos atletas têm sidos atacados além do estádio, não é preciso deslizar muito a tela de um smartphone para encontrar manifestações preconceituosas.
Ofensas online, feitas em comentários ou enviadas por mensagens no Direct, através de perfis fakes ou até mesmo fora do anonimato, tem se tornado comuns e se dividem entre xingamentos pessoais, termos racistas e emojis que são usados como símbolos racistas, nos mostrando que nem a condição de ídolos do futebol os torna imunes a um grave problema que cada vez mais é recorrente nas plataformas digitais: os ataques racistas cometidos pelos usuários.
Também é importante mencionar que a recorrência e a frequente impunidade para atos racistas pode influenciar diretamente na saúde mental dos jogadores, pois a atual geração de atletas são muito jovens e automaticamente são muito conectados às redes sociais, ter que lidar com o preconceito diariamente pode acabar ocasionando em doenças psicológicas, como ansiedade e depressão.

Qual a melhor forma de combater o racismo?

Existem diversas formas de combater o racismo, mas a principal delas é através da educação. Sendo assim, as primeiras intervenções devem começar dentro das escolas, pois os professores, independente da matéria, pode trabalhar com essas pautas em sala de aula.
Cabe até mesmo ao professor de Educação Física intervir na formação de valores dos seus alunos, colocando em discussão assuntos como preconceito racial, étnico, de gênero, estéticos ou qualquer tipo de diferença, relacionando com o esporte.
Outra forma de combater todas essas discriminações é através do posicionamento de grandes vozes do esporte, ou seja, os próprios atletas devem contribuir para desconstruir esses estereótipos e conscientizar os torcedores.
Também é importante que os próprios clubes se posicionem contra o racismo, fazendo pronunciamentos sempre que for necessário, realizando denúncias, reconhecendo as falhas que já ocorreram em algum momento e colaborando com possíveis investigações, quando for o caso.
Outro ponto importante, é inserir pessoas negras em cargos de comando de modo geral e também dentro do futebol, como no comando de clubes de futebol, em federações esportivas, em empresas de mídia social e meios de comunicação e até mesmo, na própria Justiça.
Também é fundamental a conscientização através de campanhas, como a da CONNEBOL no final de maio, deste ano, que lançou após repetidos atos de discriminação racial tanto na Libertadores como na Sul-Americana, a campanha “Basta!– Chega de racismo no futebol”. Em seu anúncio oficial, a confederação deixou claro que é “absolutamente inaceitável” qualquer manifestação racista e declarou que busca conscientizar as pessoas sobre este tema.
E por fim, punir. Sim, só desta forma o racismo terá fim: com punição.
É necessário tomar atitudes drásticas tanto com torcedores como com os funcionários e até mesmo com os atletas e os sócios, para cortar esse mal, pois a partir do momento que as pessoas que praticam esses atos não se sentirem seguras para cometer tal crime, que possuir uma punição severa para estas ofensas, tudo isso começará a ter fim.

Vivemos em um mundo tão desenvolvido em determinados aspectos e ao mesmo tempo tão atrasado, pois uma parte da população ainda não é capaz de entender que são as nossas diferenças que nos tornam únicos e todos tem o direito e devem ser respeitados.

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Escrito por Paulina Costa

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