Depósitos de baixo valor dominam mercado brasileiro de apostas
Os depósitos com valores de R$ 20 ou menos representam cerca de 47% do volume total registrado pelas operadoras. Isso é o que aponta a segunda edição do estudo sobre o comportamento do apostador brasileiro realizado pela Paag, empresa que processa pagamentos para empresas do setor e atua como hub de soluções tecnológicas.
De acordo com o Relatório de Visão do Mercado da companhia, o comportamento aponta a predominância de um perfil estratégico entre os apostadores, com palpites recorrentes e de baixo valor.
Os dados são relativos às transações processadas durante o segundo trimestre de 2025 nas empresas que contam com a Paag como meio de pagamento. De acordo com o relatório, as transações entre R$ 100 e R$ 1 mil, por sua vez, equivalem a 11% do volume e concentram mais de 42% do valor total. Operações acima de R$ 1 mil respondem apenas por 0,5% do total, mas geram quase 19% do valor movimentado.
O relatório da Paag também aponta uma queda na capacidade das empresas em manter o engajamento contínuo da base de usuários já conquistada. Entretanto, também é possível notar um crescimento expressivo na base de usuários das plataformas de apostas esportivas.
“Os dados revelam padrões sobre o comportamento dos apostadores, cuja análise é fundamental para entender os rumos do setor regulado no país, o que também pode balizar as melhores políticas a serem estabelecidas. É de suma importância conhecer a fundo o mercado para que todos possamos crescer juntos”, afirmou João Fraga, CEO da Paag.
Apenas 21% dos apostadores são recorrentes
O estudo apontou que, no mês de junho, somente dois em cada dez apostadores que jogavam em uma casa de apostas voltaram a realizar novos palpites naquela mesma operadora. Esse panorama aponta uma queda na capacidade de retenção. Em abril, a proporção das operadoras era de 63,6% (novos usuários) contra 36,4% (recorrentes). Já em junho, modificou-se para 79,1% (novos) contra 20,9% (recorrentes).
O relatório também segmentou os depósitos por região, e notou que São Paulo segue como o maior mercado do país, com 23,5% do volume e 23,1% do valor total. Já Bahia e Sergipe representam a maior taxa per capita de transações, com 19 mil depósitos por 100 mil habitantes.
No recorte por idade, também é detalhada a quantidade de depósitos por faixa-etária. As parcelas entre 25 e 34 anos (30,1%) e 35 a 49 anos (39%) concentram quase 70% dos depósitos. Já o público entre 65 e 79 anos é responsável apenas por 0,7% das operações, embora apresente o maior ticket médio do trimestre.
Fonte: SBC
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