Defensor dos cassinos, Celso Sabino informa que deixará Ministério do Turismo
Entusiasta dos cassinos, o ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou nesta sexta-feira (19) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que deixará o governo. A decisão ocorreu após novo ultimato do União Brasil, partido do ministro, que determinou prazo de 24 horas para que filiados solicitassem exoneração de cargos ou funções comissionadas no Executivo federal.
A ordem foi expedida na quinta-feira (18) e reforçou o distanciamento da legenda em relação à base governista.
Durante encontro de mais de uma hora no Palácio da Alvorada, Sabino explicou a Lula os motivos da decisão. Ele manifestou desejo de cumprir algumas agendas como ministro nos próximos dias. Sendo assim, afirmou que entregaria a carta de demissão após o retorno do presidente de Nova York, previsto para quinta-feira (25).
Lula viajou no fim de semana para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde fará o discurso de abertura entre chefes de Estado.
Exigência do partido
Deputado federal do União Brasil pelo Pará, Sabino ocupava o cargo desde julho de 2023. Atuava diretamente na organização da Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para Belém. Apesar de tentar negociar sua permanência, cedeu à pressão do partido.
Celso Sabino defendeu a regulamentação dos cassinos
Antes da crise com o União Brasil, Celso Sabino defendeu publicamente a aprovação do Projeto de Lei (PL) dos Cassinos. Em fevereiro, o então ministro afirmou acreditar que a proposta seria votada ainda no primeiro semestre.
Sabino declarou que o turismo representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) e projetava superar os dois dígitos até 2027. Para ele, a aprovação do PL dos Cassinos e a Lei Geral do Turismo, sancionada em 2023, seriam instrumentos decisivos para esse avanço.
O ministro também apontou o interesse de investidores internacionais e ressaltou que a localização dos cassinos poderia contribuir para reduzir desigualdades regionais. De acordo com Sabino: “Em São Paulo, o investidor vai querer colocar na capital, e nós vamos querer colocar na cidade mais pobre do Estado para levar o desenvolvimento para lá”.
Ele acrescentou ainda que grupos dos Estados Unidos, de Macau, da Espanha e do Chile buscavam informações sobre o setor. Para Sabino, o turismo poderia se tornar uma das principais forças da economia nacional.
Fonte: IGB
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