O futebol brasileiro passa por um momento delicado, como se não bastasse a constante decadência que o nosso futebol tem sofrido nos últimos anos, ainda temos que lidar com um escândalo.
Não é novidade que o segmento das apostas esportivas está passando por um período anormal. Além de estar em uma negociação árdua com o governo federal, também tem tido que lidar com escândalos de manipulações de jogos. E isso tem sido um problema para todos, já que isso acaba com a credibilidade do nosso futebol.
A seguir, entenda o que está acontecendo.

O início de tudo

No dia 14 de fevereiro deste ano o MPGO (Ministério Público do Estado de Goiás) desencadeou a Operação Penalidade Máxima, após Hugo Jorge Bravo, Presidente do Vila Nova e também policial, descobrir um esquema de manipulação de jogos do futebol brasileiro e levar o caso ao MPGO.
A princípio a investigação era voltada apenas para partidas na Série B do Brasileirão 2022, porém já na segunda fase da operação, os investigadores também acharam prenúncios de fraudes em jogos da Série A do ano passado e de torneios estaduais neste ano de 2023.
O Gaeco apurou que os jogadores envolvidos no esquema eram abordados por apostadores e recebiam a proposta para cometer determinados atos em campo, como receber cartões amarelos e/ou vermelhos, ceder escanteios e marcar pênaltis. Além disso, estes atletas recebiam R$ 10 mil de adiantamento para a prática ilegal e se o acordo fosse concluído, recebiam aproximadamente mais R$ 140 mil.
Já o lucro previsto para os apostadores era entre R$ 500 mil a R$ 2 milhões.
Vale ressaltar, que até o momento, não há suspeita de adulteração nos resultados finais das partidas.

Os atletas que fizerem parte dos esquemas de manipulação serão punidos?

Jogadores sentenciados no esquema de apostas investigado pelo Ministério Público de Goiás poderão sofrer punições árduas no âmbito esportivo, é o que prevê o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O órgão projeta suspensão de até dois anos, multa de R$ 100 mil e até mesmo o banimento nas competições esportivas. Já em alguns casos os atletas poderão sofrer uma suspensão provisória, de 30 dias.
Até o momento, com os desencadeamentos da Operação Penalidade Máxima, oito atletas se tornaram réus, são eles: Romário (ex-Vila Nova), Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).
Vale mencionar que dois atletas já foram demitidos pelo Athletico-PR, o lateral-esquerdo Pedrinho e o volante Bryan García foram dispensados na última sexta-feira (12).
Além disso, mais de dez atletas estão afastados de suas atividades por suspeita de envolvimento com uma quadrilha de apostas.
O Cruzeiro, por exemplo, afastou o volante Richard. Outro clube que também anunciou o afastamento de um jogador foi o Fluminense. O que tudo indica é que o zagueiro Vitor Mendes teve envolvimento com esquemas enquanto ainda defendia o Juventude, em partida contra o Fortaleza.

De fato, é de acontecimentos ruins que surgem grandes mudanças, esperamos que a regulamentação das apostas saia de uma vez por todas do papel, para que esquemas como estes não se repitam. E que fique claro: o objetivo das apostas esportivas é puro entretenimento.

CONFIRA OUTROS CONTEÚDOS NO BLOG

• A história de Joel Embiid, o mais novo MVP da NBA
• Parlamentares instauram CPI das Apostas Esportivas na Câmara dos Deputados
• A discussão sobre o melhor de todos os tempos acabou
• Conferência Sloan Sports Analytics promove estudos sobre mercado da análise esportiva

Faça parte da minha lista VIP e receba conteúdos de apostas profissionais exclusivos.

Escrito por Paulina Costa