5 formas de gerenciar uma banca nas apostas

Gerenciar uma banca significa administrar recursos. Banca, do termo “bankroll“, refere-se a todo o recurso financeiro que o apostador possui para utilizar em suas apostas esportivas. É crucial que o dinheiro destinado à banca não seja proveniente de necessidades financeiras diárias ou contas a pagar. Portanto, gestão de banca é a forma como se administra o dinheiro disponível para as apostas esportivas.

Antes de começar a falar sobre as cinco formas de gestão de banca que separei para esta coluna, precisamos falar algumas coisas. Primeiro, antes de pensar em uma banca, faça uma planilha orçamentária para entender os seus gastos e o que sobra para dedicar as apostas, Segundo, se você é iniciante, sempre utilize uma gestão de banca conservadora, evitando abordagens agressivas. Para os iniciantes, a prioridade é manter-se no jogo e não quebrar.

O objetivo inicial de uma gestão de banca é aprender, sobreviver no mercado, não necessariamente lucrar de imediato. As gestões ajudam os apostadores na missão de conservar o patrimônio, especialmente durante sequências de perdas, as famosas “bad runs“. O segundo objetivo, e menos prioritário no início, é potencializar os lucros a longo prazo.

Cinco tipos de gestão

1. Stake Fixa (ou unidade fixa)

Nesse método, você define um valor fixo para cada aposta, independentemente do tamanho do valor encontrado na sua precificação.

Vantagens: simples de entender e aplicar, proporciona previsibilidade e ajuda no controle emocional.

Desvantagens: não considera a quantidade de +EV, o que pode limitar o potencial de lucro em boas oportunidades.

2. Stake Percentual (ou unidade percentual)

Você define uma porcentagem fixa da sua banca total para cada aposta. Se a sua banca é de R$ 10.000 e você decide apostar 1%, a sua aposta inicial será de R$ 100. Em caso de green, a sua banca cresce para R$ 10.100, sua próxima aposta de 1% será de R$ 101.

Vantagens: protege a banca em períodos de perda, pois o valor apostado diminui junto com a banca. Permite que o valor da aposta cresça junto com o lucro da banca, otimizando os ganhos.

Desvantagens: em momentos de perda, o valor da aposta diminui, o que pode tornar a recuperação mais lenta.

3. Critério de Kelly

É um método mais avançado, baseado em uma fórmula matemática que calcula a porcentagem ideal da banca a ser apostada, levando em conta a probabilidade de acerto e o retorno oferecido pelas odds.

Fórmula Básica:

f = (bp−q)/b

onde,

f: fração da banca a ser apostada
b: odds decimais – 1 (lucro líquido por unidade apostada)
p: probabilidade estimada de ganhar
q: probabilidade estimada de perder (1−p)

Vantagens: pode potencializar o crescimento da banca a longo prazo.

Desvantagens: aumenta muito o risco. Recomendo usar uma “Kelly fracionada” (ex: 1/4 Kelly) para reduzir o risco.

4. Martingale

Essa estratégia é progressiva e consiste em dobrar o valor da aposta após cada perda, com o objetivo de recuperar todo o prejuízo anterior e obter um pequeno lucro na primeira vitória.

Vantagens: em teoria, garante lucro após uma sequência de perdas.

Desvantagens: exige uma banca muito grande para suportar longas sequências de perdas e pode levar à falência da banca rapidamente, pois as apostas aumentam exponencialmente. Não recomendo.

5. Sequência de Fibonacci

Outra estratégia onde a unidade aumenta progressivamente. Baseada na sequência de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8…). Após uma perda, você avança um número na sequência para definir a próxima aposta. Após uma vitória, você volta dois números na sequência.

Vantagens: menos agressiva que o Martingale, o que pode dar uma falsa sensação de segurança.

Desvantagens: ainda possui risco considerável, pois as apostas aumentam progressivamente após perdas, podendo levar a valores altos rapidamente e comprometer a banca.

CONTEÚDO MOSTRAR

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Até a próxima,

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