O Campeonato Brasileiro Feminino A1 2025 teve início no último fim de semana e trouxe novidades que reforçam o crescimento da modalidade no país. Entre os principais avanços, destaca-se o aumento de 20% na premiação oferecida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), totalizando R$ 8,25 milhões em cotas e bonificações. O Corinthians, atual campeão, recebeu R$ 2 milhões na edição passada.

Além do incremento financeiro, a CBF ampliou o número de profissionais permitidos nas delegações das equipes. Agora, cada clube pode viajar com até 30 integrantes, com custos de transporte, logística e alimentação cobertos pela entidade. Outra mudança significativa é a adoção do protocolo antirracista da FIFA, que prevê um gesto padronizado para denunciar episódios de racismo dentro de campo. O sinal, em que os jogadores cruzam os braços em forma de X, poderá ser utilizado por atletas, árbitros e oficiais da competição.

O fortalecimento do futebol feminino também se reflete na presença cada vez maior de patrocinadores. Das 16 equipes que disputam o torneio, 10 possuem acordos de patrocínio máster com empresas de apostas. Esses contratos foram firmados em parceria com os times masculinos, como ocorreu com o Corinthians, patrocinado pela Esportes da Sorte, o Internacional, que fechou acordo com a Alfa, e o Juventude, que conta com o apoio da Stake.

Para as marcas, o investimento no futebol feminino vai além do retorno financeiro e da exposição. De acordo com Sofia Aldin, diretora de marketing da Esportes da Sorte, a modalidade é uma das grandes apostas da empresa e um pilar estratégico para a marca, que gostaria de contribuir para o crescimento do futebol feminino e impulsionar o protagonismo das mulheres no esporte. A evolução da estrutura dos clubes e o aumento do interesse comercial têm impulsionado a modalidade. Para muitas das mulheres que protagonizam o esporte, estamos vivenciando um crescimento significativo, tanto dentro quanto fora de campo. E a melhoria na infraestrutura e na qualificação dos profissionais tem sido essencial para essa evolução.

Renata Armiliato, coordenadora de futebol feminino do Juventude, destaca que o investimento contínuo da CBF e o maior espaço na mídia têm sido fundamentais para consolidar a categoria. “Hoje temos mais espaço na TV, mais profissionais ativos nos clubes brasileiros e um calendário cada vez mais robusto. Isso, por consequência, atrai ainda mais patrocinadores. A CBF, por sua vez, a cada ano incrementa as competições e realiza maiores investimentos. Acredito que é um processo de crescimento gradativo de todas as áreas, clube perante seus torcedores e CBF com incentivos financeiros e premiações perante seus afiliados, tornando o futebol feminino cada dia melhor”, ressaltou.

O cenário positivo se reflete também nas transmissões televisivas. A TV Globo manterá os direitos de exibição na TV aberta, garantindo maior visibilidade para a competição. Para especialistas do setor, o aumento no número de empresas investindo no futebol feminino confirma o potencial do segmento. “Por conta do fortalecimento do futebol feminino, observamos um grande número de companhias interessadas em apoiar a categoria. Essas parcerias conquistadas pela modalidade impulsionam o desenvolvimento do esporte dentro e fora de campo. Grande exemplo disso é a quantidade de novos acordos sendo celebrados por equipes do futebol brasileiro”, analisa Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports.

Projeto conjunto

O futebol feminino no Brasil está vivendo um momento especial, e o Brasileirão Feminino 2025 é prova disso. A cada temporada, a modalidade ganha mais investimentos, maior visibilidade e, principalmente, o reconhecimento que sempre mereceu. O aumento na premiação e a ampliação da estrutura para as equipes são reflexos desse crescimento, que não acontece isoladamente: ele está ligado a um movimento maior, que envolve torcedores, clubes, patrocinadores e a própria Confederação Brasileira de Futebol.

E dentro desse avanço, as casas de apostas têm se consolidado como grandes parceiras do futebol feminino. Das 16 equipes que disputam a competição, 10 já possuem patrocínio máster de empresas do setor, um número expressivo que demonstra a confiança das marcas no potencial da modalidade. O futebol feminino, antes visto como um nicho, agora se posiciona como um mercado sólido, atraente e em plena expansão.

Esse fortalecimento não impacta apenas os clubes e a competição em si, mas também a própria Seleção Brasileira. A boa campanha nas últimas Olimpíadas de Paris mostrou que o Brasil tem talento e potencial para brigar de igual para igual com as potências mundiais. Mas, para que essa evolução continue, é essencial que a liga nacional se torne cada vez mais competitiva, revelando novas jogadoras e proporcionando condições para que elas se desenvolvam ao mais alto nível.

Tudo está interligado: uma liga forte gera mais jogadoras de alto nível, que elevam a qualidade da Seleção. Mais competitividade atrai mais investimentos, que por sua vez tornam o campeonato ainda mais sustentável. O futebol feminino brasileiro está trilhando um caminho promissor e, se o apoio e os investimentos continuarem nesse ritmo, veremos um campeonato cada vez mais sólido, bem estruturado e capaz de consolidar o Brasil entre os gigantes da modalidade.