A Luta Só Acaba Quando o Juiz Apita
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UFC 275 – A luta só acaba quando o juiz “apita”
dom 19 jun/22

UFC 275 – A luta só acaba quando o juiz “apita”


A luta só acaba quando o juiz apita. Essa é uma máxima do futebol que pode ser usada também no MMA, e um exemplo disso é a luta principal do dia 11 de junho. 

O brasileiro Glover Teixeira defendia seu cinturão aos 42 anos de idade contra a sensação tcheca, Jiri Prochazka, de 29 anos. Glover fez uma ótima luta mas acabou sendo finalizado faltando 30 segundos para o quinto e último round acabar.

No primeiro e segundo rounds Glover conseguiu levar a luta para o chão, desferindo ótimos golpes a ponto de quase conseguir um nocaute técnico. Rounds claros para o brasileiro.

O terceiro round foi o único vencido por Jiri Prochazka, que conseguiu boas combinações e evitou o perigoso jogo de chão do brasileiro.

No quarto round as coisas voltaram como no início da luta: Glover levando perigo nas finalizações e machucando muito o tcheco.

No quinto e último round, com ambos muito cansados, Glover conseguiu deixar Prochazka tonto com uma combinação de golpes e poderia ter continuado a bater para conseguir o nocaute, mas pensando no jogo de chão, tentou uma guilhotina ruim, o primeiro de seus erros em um round que ele estava vencendo. O segundo erro veio quando dominava Prochazka no solo, onde era muito superior, e permitiu a raspada do tcheco, que a apenas 30 segundos de sua derrota, conseguiu uma guilhotina (sem nem colocar os ganchos) e deu a Glover a primeira derrota por finalização em 41 lutas. Um balde de água fria em quem estava torcendo pelo mineiro de Sobrália.

Apesar da tristeza pela derrota de Glover (e por um red em uma odd 2.70 que parecia vir pro bolso), essa luta mostra um dos motivos de o MMA ser apaixonante: um lutador pode dominar por 24 minutos e 30 segundos e ainda sim perder a luta nos 30 segundos em que esteve em desvantagem. A luta só acaba quando o juiz interrompe!

Ainda no UFC 275 a brasileira Taila Santos perdeu a disputa de cinturão contra a (quase sempre) dominante Valentina Shevchenko. Taila começou muito bem, venceu com contundência os rounds 1 e 3 (e para alguns também o round 2), mas acabou diminuindo o ritmo após ser atingida por uma cabeçada ilegal. Os dois últimos rounds foram claros para a campeã, que venceu por decisão dividida. 

Apesar das derrotas, Glover e Taila lutaram muito bem e têm muito do que se orgulhar!

E por falar em decisões “divididas” ou controversas, o evento contou com algumas pontuações bem estranhas por parte da Comissão Atlética de Singapura, mas essas ficam para outro artigo pois já estamos cansados de falar nisso não é?

Escrito por Raphael Brettas

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