Brasil é o Terceiro País que Mais Consome Sites de Apostas
Casa do Apostador Carregando...
Pesquisa aponta Brasil como terceiro país que mais consome sites de apostas no mundo
qui 10 ago/23

Pesquisa aponta Brasil como terceiro país que mais consome sites de apostas no mundo


Em um cenário cada vez mais digitalizado, os sites de apostas online têm conquistado uma crescente popularidade entre os brasileiros. Uma pesquisa recente, realizada pela Comscore, empresa especialista em análise de mercado, revelou um dado surpreendente: o Brasil se posiciona como o terceiro maior consumidor global dessas plataformas, ficando apenas atrás dos Estados Unidos e da Inglaterra.

A indústria dos jogos e apostas online cresceu ao proporcionar aos players um ambiente virtual repleto de atrações, algo que tem funcionado na retenção de clientes e no aumento do tempo médio em que os apostadores permanecem nos sites. Muitos desses sites atuam de forma diversificada, enquanto outros se dedicam de forma especializada aos conteúdos relacionados com esportes. Com um misto de apostas esportivas, cassino e jogos de azar, essas plataformas abriram portas para oportunidades de negócios em setores correlacionados.

Dados da pesquisa

Os números revelados pela pesquisa da Comscore são expressivos e ilustram o crescente apelo dessas atividades entre os brasileiros. Os estudos realizados pela empresa registraram um notável aumento de 281% no tempo dedicado às atividades desse segmento no Brasil desde 2019, com um impressionante total de 2 bilhões de minutos consumidos pelos brasileiros mensalmente.

Com uma base de 42,5 milhões de usuários únicos, esse fenômeno digital atinge aproximadamente 32% da população online do Brasil. Notavelmente, a maioria desses consumidores (80%) realiza as suas atividades de apostas exclusivamente por meio de dispositivos móveis, demonstrando a inserção massiva dos smartphones no país.

Uma análise mais aprofundada do perfil dos usuários revelou que quase metade (49%) do público apostador brasileiro pertence à classe C, evidenciando que as apostas online estão se tornando acessíveis a um público mais amplo, inclusive às camadas socioeconômicas menos privilegiadas. Quanto ao gênero, 61% dos apostadores brasileiros são homens, muitos com mais de 45 anos de idade.

Ingrid Veronesi, Diretora Sênior da Comscore no Brasil, observou que a ascensão do mercado de jogos e apostas entre os consumidores brasileiros pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo a crescente popularização das apostas online, o alcance quase irrestrito da internet e os avanços tecnológicos, somados à ampla cobertura de eventos esportivos por parte das empresas que gerenciam as plataformas de apostas no país.

Cenário mundial

Além de dominar os números no cenário sul-americano, deixando para trás todos os demais países dessa região, o Brasil integra o seleto grupo de nações com maior consumo dessas plataformas, ao lado de gigantes como os Estados Unidos e a Inglaterra. A nível global, os cinco principais países consumidores do mercado “gambling” são, respectivamente, Estados Unidos, Inglaterra, Brasil, Índia e Itália.

Dentre as plataformas de maior destaque nesse cenário, internacionalmente aparecem nomes como Rummy Circle e  Flutter. Já no contexto brasileiro, de acordo com a pesquisa da Comscore, os sites mais acessados incluem Betano, Bet365 e Pixbet. Um dos pontos mais interessantes das observações realizadas durante a pesquisa foi a percepção de que há uma significativa sobreposição de público, com 6.161 milhões de consumidores da plataforma Betano também sendo usuários ativos da Bet365.

Outro ponto abordado durante a pesquisa da Comscore foram as redes sociais. Nas preferências dessa área, alguns números impressionantes foram constatados: 98% dos consumidores de sites de apostas são usuários do YouTube, mais de 87% utilizam o Instagram, 86,5% acessam o Facebook e 54,4% consomem conteúdo no TikTok. O levantamento demonstra ainda que 39,9% preferem o Kwai, enquanto 36,6% navegam pelo Twitter.

Reflexão sobre pesquisa

No cenário contemporâneo, marcado pelo avanço tecnológico e a crescente digitalização de diversos setores, é indiscutível que as atividades online têm impactado profundamente a maneira como interagimos, consumimos e nos divertimos. Nesse contexto, o recente levantamento da Comscore que coloca o Brasil como o terceiro maior consumidor mundial de sites de apostas online merece ser analisado com cautela, suscitando reflexões pertinentes sobre os rumos dessa tendência e os desafios que ela apresenta.

O termo “gambling”, que abrange plataformas de apostas esportivas, cassinos e jogos de azar, tem encontrado terreno fértil no país, atraindo um público diversificado que busca entretenimento e oportunidades de ganhos financeiros. O crescimento impressionante de 281% no consumo desse tipo de conteúdo desde 2019 reflete a rápida aceitação desse mercado pelo público brasileiro. Contudo, em meio aos números grandiosos e à crescente popularidade, é fundamental ponderar sobre os possíveis riscos que esse fenômeno pode acarretar.

A acessibilidade das apostas online, particularmente através de dispositivos móveis, pode potencializar o risco de comportamentos compulsivos e vícios, especialmente quando consideramos que o perfil majoritário dos consumidores pertence à classe C. A acessibilidade, aliada à pressão financeira, pode transformar a busca por entretenimento em um ciclo perigoso de endividamento e desequilíbrio financeiro. Por outro lado, não se pode ignorar o potencial econômico que o mercado de “gambling” apresenta.

O aumento da popularização das apostas online e o amplo acesso à internet têm proporcionado uma fonte de receita não negligenciável para diversos setores. A geração de empregos diretos e indiretos, bem como o crescimento de empresas e plataformas relacionadas a esse segmento, são aspectos que não podem ser subestimados. Como sociedade, é nosso dever encontrar um equilíbrio entre a liberdade de escolha individual e a proteção coletiva contra os riscos inerentes às apostas online. A regulamentação e a fiscalização rigorosas se mostram cada vez mais necessárias para garantir que o mercado opere de maneira transparente e responsável, protegendo os consumidores vulneráveis e prevenindo o desenvolvimento de vícios prejudiciais.

Escrito por Sérgio Ricardo Jr

Deixe seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News.
vip

Inscreva-se gratuitamente e receba conteúdo profissional e esclusivo por e-mail!