Tenistas Banidos e Multados por Manipular Resultados
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Seis tenistas espanhóis são multados e banidos por manipulação de resultados
qua 11 maio/22

Seis tenistas espanhóis são multados e banidos por manipulação de resultados


A Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) anunciou sanções pesadas a seis tenistas espanhóis que foram multados e banidos depois de serem condenados por crimes relacionados à manipulação de resultados no esporte. Marc Fornell Mestres, Jorge Marse Vidri, Carlos Ortega, Jaime Ortega, Marcos Torralbo e Pedro Bernabe Franco são os tenistas condenados pelo tribunal espanhol.

Marc Fornell Mestres, por exemplo, ocupava a posição de 236º no ranking da Association of Tennis Professionals (ATP). Jorge Marse Vidri, outro banido, chegou a ocupar a posição 562º no mesmo ranking. Ambos foram foram condenados e banidos do esporte após a conclusão de uma investigação que durou cerca de cinco anos e envolveu ITIA, autoridades espanholas e a Associação Internacional de Integridade das Apostas (IBIA). Carlos Ortega, Jaime Ortega, Marcos Torralbo e Pedro Bernabe Franco, que também foram condenados, estavam na condição de tenistas não ranqueados.

Assumiram

 Em depoimentos para as autoridades policiais espanholas, todos os seis jogadores se declararam culpados das acusações de corrupção e manipulação de resultados, sendo assim condenados como parte de um caso mais amplo envolvendo crime organizado na Espanha, que continua em andamento, segundo informações da própria ITIA.

As sanções estabelecidas pelas autoridades da Espanha foram consideradas como o final de um processo de cinco anos que envolveu a cooperação entre a ITIA, as autoridades espanholas e a Associação Internacional de Integridade das Apostas (IBIA). Depois de todos esses anos de investigação, a ITIA conseguiu punir os tenistas com longos períodos de banimento do esporte assim como estabeleceu multas financeiras pesadas aos tenistas.

Punições

Confira as punições aos tenistas:

Marc Fornell Mestres foi banido por de 22 anos e seis meses, além de ser multado em US$ 250.000.

Jorge Marse Vidri foi banido por 15 anos e multado em US$ 15.000.

Carlos Ortega foi banido por 15 anos e multado em US$ 150.000.

Jaime Ortega foi banido por 7 anos e meio, além de ser multado em US$ 100.000.

Marcos Torralbo foi banido 15 anos e multado em US$ 100.000.

Pedro Bernabe Franco foi banido por 15 anos e multado em US$ 100.000.

Segundo a ITIA, todos os seis jogadores estão proibidos de jogar ou participar de qualquer evento de tênis autorizado ou sancionado por qualquer órgão internacional ou associação nacional pela duração de suas proibições. Eles também estão proibidos de atuar profissionalmente como treinadores.

A conclusão desta investigação de longo prazo é um momento importante para o tênis em sua luta contra a corrupção. Embora não tenhamos prazer em ver seis indivíduos receberem condenações criminais e banimentos, a mensagem é clara: a manipulação de resultados pode levar a uma sentença de prisão e pode encerrar sua carreira no tênis. Isso também serve como um alerta de que o crime organizado tem como alvo o esporte. Governos e agências de aplicação da lei, bem como órgãos anticorrupção no esporte, precisam levar essa ameaça a sério”, disse a presidente da ITIA, Jennie Price.

ITIA pede apoio

A mensagem final do comunicado da Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA), na voz da presidente da instituição, Jennie Price, claramente é um pedido de apoio e suporte para todos os responsáveis pela manutenção da integridade esportiva. Tenho abordado aqui na Casa do Apostador diversas matérias que falam sobre as iniciativas que vêm sendo feitas pelo mundo afora diante do crescimento do envolvimento do crime organizado no esporte.

Parece que essas iniciativas ainda estão muito no papel e pouco na prática. E alguns indícios estão claros nas informações passadas pela ITIA nesse caso gigante do tênis espanhol. Primeiro, todas as investigações do caso que levou ao banimento de Marc Fornell Mestres, Jorge Marse Vidri, Carlos Ortega, Jaime Ortega, Marcos Torralbo e Pedro Bernabe, assumidamente culpados, demoraram cinco anos.

Certamente, por mais complexa que seja uma investigação, nenhuma atividade ilegal deveria ficar impune por tanto tempo assim. Sinal de que assuntos envolvendo o crime organizado e a sua atuação dentro do esporte ainda não são encarados como prioridade dentro dos órgãos responsáveis por coibir esse tipo de ilegalidade. Segundo, no próprio discurso da presidente do ITIA, Jennie Price, o apelo foi por um maior interesse tanto dos governos quanto dos órgãos anticorrupção esportiva para que levem a sério as situações que estão acontecendo, principalmente porque elas estão tendo efeitos práticos dentro do cenário global.

Espero que todos os indícios claros e óbvios que temos visto nos últimos tempos, e não me refiro somente ao tênis, mas também aos casos envolvendo futebol, basquete, vôlei e tantos outros esportes, sirvam para que as pessoas entendam a realidade do problema que é dar espaço ao crime organizado para criar braços e fomentar articulações no esporte. Não tem mais como encarar a corrupção no esporte como vistas grossas. É necessário agir e jamais descansar na missão de proteger essas atividades.

Escrito por Sérgio Ricardo Jr.

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