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Regulamentação deve trazer aplicativos de apostas para as lojas oficiais Google e Apple
qua 27 nov/24

Regulamentação deve trazer aplicativos de apostas para as lojas oficiais Google e Apple


A regulamentação das apostas no Brasil, prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2025, trará uma série de mudanças significativas para o setor. Entre as novidades está a disponibilização de aplicativos de casas de apostas nas plataformas Google Play Store e Apple App Store. Apenas empresas licenciadas pelo Ministério da Fazenda estarão autorizadas a oferecer seus serviços nessas lojas virtuais, de acordo com informações compartilhadas pela revista Exame.

A inclusão das bets nas lojas oficiais é vista como um marco para a segurança e a confiabilidade do setor. Para os usuários, a principal mudança está na possibilidade de baixar aplicativos diretamente de fontes confiáveis, o que elimina dúvidas sobre a legalidade e a proteção de dados pessoais e financeiros. Segundo Gabriel Lopes, CTO da HiperBet, a novidade irá “entregar algo funcional e cômodo”, reforçando o engajamento dos apostadores.

Além disso, os novos aplicativos deverão incorporar tecnologias como verificação de identidade e reconhecimento facial, o que fortalecerá o compromisso com o jogo responsável. Essa inovação, segundo Bernardo Cavalcanti Freire, sócio-fundador da BetLaw, é essencial para assegurar um ambiente mais controlado e seguro. A regulamentação também promete transformar a relação entre empresas e apostadores.

Talita Lacerda, CEO da Bet7k, destaca que a mudança amplia a confiança no setor e possibilita novas formas de interação. Para ela, com acesso a dados dos usuários, as plataformas podem oferecer conteúdos e promoções personalizadas, o que aumenta a fidelidade e o engajamento. Talita acredita que esse movimento sinaliza uma fase de amadurecimento para o mercado brasileiro, que passa a operar com padrões de profissionalismo e transparência semelhantes aos de grandes mercados internacionais.

Paralelamente, o Google anunciou que, a partir de 2025, somente casas de apostas licenciadas poderão veicular anúncios em suas plataformas. A medida já era aguardada pelo setor. Essa iniciativa integra um esforço maior para diferenciar empresas legais das ilegais, segundo José Francisco Manssur, que participou da elaboração das regras de regulamentação. “Essa medida apenas antecipa algo que o Google e todas as mídias deveriam fazer até janeiro. É um resultado prático da Portaria do mês de setembro“, pontuou.

Com a chegada dos aplicativos licenciados, as empresas terão a oportunidade de explorar funcionalidades exclusivas. Segundo Feliphe Almeida, CTO da Luck.bet, a novidade permitirá uma abordagem mais sofisticada para tratar as apostas como forma de entretenimento. Além disso, aplicativos nativos proporcionarão interações mais rápidas e adaptadas aos dispositivos móveis, com possibilidades de inovação que antes eram limitadas a páginas web. Para Almeida, essa novidade é tanto um avanço tecnológico quanto uma mudança na forma como os apostadores se relacionam com o mercado.

Lá vamos nós..

A regulamentação das apostas no Brasil e a oficialização dos aplicativos em lojas como Google Play e Apple Store já eram previsíveis e, para muitos, representam um passo natural rumo à profissionalização do setor. Contudo, não podemos ignorar os inúmeros desafios que ainda rondam esse processo. Apesar de os primeiros movimentos de regulamentação já terem ocorrido há meses, o caminho para consolidar um mercado legalizado e funcional ainda enfrenta muitos obstáculos, e o cenário político promete ser uma das maiores pedras no sapato.

Não seria surpresa se, com a proximidade de 2025, políticos e grupos econômicos começassem a criar um alarde exagerado em torno dessa nova realidade. Argumentos de ordem moral, econômica e até mesmo tecnofóbica podem surgir, acirrando debates que, muitas vezes, fogem do foco principal: a criação de um mercado seguro e regulamentado. É inevitável imaginar que, ao invés de facilitar o avanço do setor, essas discussões inflamadas possam gerar um atraso ainda maior na implementação das mudanças.

O Brasil tem um histórico complicado quando se trata de debates que envolvem novos mercados. A pauta das apostas, embora avançada em muitos aspectos, corre o risco de ser transformada em uma guerra de narrativas. Isso só prolonga um processo que, idealmente, deveria ser conduzido com objetividade e clareza. As apostas têm potencial para contribuir com a economia e criar um ambiente controlado e seguro para os usuários. No entanto, o progresso depende de um equilíbrio político que, por vezes, parece utópico.

Por mais que a regulamentação esteja no horizonte, o país pode se perder em discussões que não acrescentam e ainda atrapalham. Afinal, em um cenário tão propício a polêmicas, a paciência se torna uma virtude essencial para quem espera ver o Brasil alcançando um padrão de mercado maduro e competitivo. Enquanto isso, nos resta torcer para que os incêndios políticos previstos sejam apagados com agilidade, sem que isso comprometa o avanço necessário do setor. Haja paciência, pois novidades assim só me fazem acreditar que lá vamos nós…

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