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Polícia Federal investiga manipulação de resultado em jogo da Série D do Brasileirão
qui 27 jun/24

Polícia Federal investiga manipulação de resultado em jogo da Série D do Brasileirão


Na última quarta-feira (26), a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em seis cidades, investigando uma possível manipulação de resultado na partida entre Inter de Limeira e Patrocinense, realizada em 1º de junho, pela Série D do Campeonato Brasileiro. A operação surgiu após alerta da Sportradar à CBF, indicando que apostadores sabiam antecipadamente que o Patrocinense perderia o primeiro tempo por pelo menos dois gols. Os mandados foram autorizados pela Justiça de São Paulo e os alvos incluem jogadores, empresários e o técnico do Patrocinense.

Segundo a PF, há indícios de que uma empresa de agenciamento de jogadores estava envolvida, firmando parceria com o Patrocinense para contratar atletas. A investigação procura esclarecer se a manipulação foi negociada dentro desse contexto. Se confirmada, os envolvidos podem ser responsabilizados por crimes contra a incerteza do resultado esportivo, com penas variando de dois a seis anos de reclusão. A PF atua no caso com autorização do Ministro da Justiça e Segurança Pública, destacando a importância nacional da operação.

 Confira abaixo, na íntegra, uma reportagem do G1 com mais detalhes das denúncias:

 PF apura possível manipulação de resultado em jogo do Patrocinense na série D do Brasileirão

 Policiais federais cumprem 11 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (26) em uma operação que investiga possível manipulação de resultado em uma partida de futebol da série D do Campeonato Brasileiro.

 A Polícia Federal não divulgou os nomes dos alvos, e nem detalhes sobre os times e a data da partida sob investigação.

 A TV Globo apurou que a investigação é sobre uma partida entre Inter de Limeira e Patrocinense, no último dia 1º. O jogo foi disputado em Limeira, e o Inter venceu o Patrocinense por 3 a 0.

 Segundo a PF, há indícios de que apostadores tinham “conhecimento prévio de que determinada equipe viria a perder o primeiro tempo da partida por ao menos dois gols”.

 Os mandados foram autorizados pela Justiça de São Paulo e são cumpridos nas cidades de Patrocínio (MG), São José do Rio Preto (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Tanguá (RJ) e Nova Friburgo (RJ).

 Segundo investigadores, os alvos incluem jogadores, empresário e o técnico que comandava o Patrocinense na época da partida. Há, também, buscas na sede do time em Patrocínio.

 Até esta terça, o Patrocinense ocupava a lanterna do grupo A7 da série D do Brasileirão – 1 vitória, 2 empates e 7 derrotas nos 10 jogos disputados.

 Ofício da Sportradar alertou CBF

 Segundo a Polícia Federal, a investigação começou após um ofício da Sportradar à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com uma suspeita identificada.

 A multinacional, com sede na Suíça, desenvolve tecnologias para ajudar federações a identificarem fraudes esportivas. A SportRadar e a CBF têm um protocolo de entendimento assinado para colaborar na investigação desses casos.

 Segundo o relatório da Sportradar, a movimentação nas casas de aposta dava a entender que os apostadores tinham conhecimento prévio de detalhes da partida – por exemplo, que o time visitante (no caso, o Patrocinense) terminaria o primeiro tempo em desvantagem.

 O “total de gols no primeiro tempo” é uma das variáveis em que um cliente das bets pode apostar, geralmente. No caso dessa partida, a aposta na derrota do Patrocinense foi quase unânime.

 “De acordo com a empresa, 99% da tentativa da rotatividade no mercado de ‘totais de gols do primeiro tempo’ nesta partida foi para tal resultado”, diz o material da PF.

 “Durante a partida, verificou-se que a equipe visitante sofreu três gols ainda no primeiro tempo, sendo um deles contra”, detalha o material divulgado.

 Pena pode chegar a seis anos

 De acordo com as informações preliminares da PF, uma empresa de agenciamento de jogadores está sendo investigada.

 Ela teria firmado “parceria” com o Patrocinense para que seus atletas fossem contratados pelo time. Agora, a PF quer saber se a suposta manipulação de resultados existiu, e se foi negociada no contexto dessa parceria.

 Se o esquema for confirmado, os envolvidos podem responder pelos chamados “crimes contra a incerteza do resultado esportivo”, previstos na Lei Geral do Esporte. A pena varia de dois a seis anos de reclusão.

 A PF diz atuar no caso com “autorização expressa do Ministro da Justiça e Segurança Pública, tendo em vista a repercussão nacional do caso, que exige repressão uniforme”.

 Fonte: G1

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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