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Operadores britânicos doaram mais de £ 100 milhões para combater danos das apostas
sex 26 jul/24

Operadores britânicos doaram mais de £ 100 milhões para combater danos das apostas


Os principais operadores de jogos e apostas da Grã-Bretanha ultrapassaram a meta inicial de £ 100 milhões prometida em 2020 para combater os danos causados ​​pelas apostas, conforme revelam os novos números do Betting and Gaming Council (BGC). Em junho de 2020, os cinco maiores membros do BGC prometeram destinar £ 100 milhões para apoiar pesquisas, educação e tratamento relacionados a danos causados ​​pelos jogos de apostas, mas superaram essa meta com o passar dos anos.

Embora a intenção original fosse doar esse montante entre junho de 2020 e março de 2024, as empresas Bet365, Entain, Evoke e Flutter Entertainment alocaram um total de £ 122,5 milhões neste período, superando a promessa inicial. Além disso, essas empresas comprometeram-se com um fundo adicional de £ 10 milhões para apoiar o Programa de Prevenção de Danos de Jogo para Jovens, gerido pelo YGAM e GamCare. Este programa já beneficiou mais de dois milhões de jovens com idades entre 11 e 19 anos.

Outros membros do BGC e licenciados britânicos contribuíram com mais £ 10 milhões anuais, elevando a contribuição total da indústria para £ 172,5 milhões em financiamento para a prevenção e tratamento de danos causados ​​pelo jogo. Wes Himes, diretor executivo de padrões e inovação do BGC, destacou ao site iGaming Business a importância dessas contribuições financeiras. “Esses números demonstram que nossas ações são apoiadas por contribuições significativas que estão fazendo uma diferença real”, afirmou Himes. Ele enfatizou que os membros do BGC não têm influência sobre a forma como o financiamento é gasto, uma vez que as doações são destinadas a órgãos credenciados pela Comissão de Jogos de Azar. 

Outros detalhes

Apesar das generosas contribuições voluntárias dos membros, o BGC continua a apoiar uma taxa legal obrigatória para financiar a prevenção de danos causados ​​pelo jogo. No white paper do ano passado, o governo britânico propôs uma nova taxa estatutária que seria paga pelos operadores à Gambling Commission para financiar a pesquisa, prevenção e tratamento (RPT) dos danos causados ​​pelas apostas. No entanto, a recente mudança de governo levantou preocupações sobre possíveis atrasos ou cancelamentos dessa proposta.

Himes expressou preocupação sobre o impacto desproporcional da taxa proposta sobre casas de apostas independentes e ressaltou a necessidade de reconsideração dos planos pelo novo governo. “Embora a taxa voluntária tenha gerado um financiamento recorde, o BGC apoia a substituição do esquema de taxa atual por um obrigatório, mas a entrega deste novo esquema deve garantir a segurança do financiamento futuro para o terceiro setor, que está realizando um trabalho excelente”, disse ele ao iGaming Business.

Desde a promessa inicial de 2020, o setor de jogos e apostas no Reino Unido passou por significativas mudanças. Na época, os principais operadores incluíam Bet365, GVC Holdings, Paddy Power Betfair, Sky Betting and Gaming e William Hill. Atualmente, Bet365 permanece a mesma, enquanto Paddy Power Betfair e SkyBet foram integrados à Flutter Entertainment. A GVC Holdings rebatizou-se como Entain, e a 888 adquiriu os ativos fora dos EUA da William Hill, mudando sua marca para Evoke.

É o mínimo

É inegável que as contribuições financeiras de empresas como Bet365, Entain, Evoke e Flutter Entertainment são significativas e têm um impacto positivo real no dia a dia de combate aos danos relacionados com as apostas. Juntos, os operadores britânicos doaram £ 122,5 milhões para essa finalidade, superando a promessa inicial, o que naturalmente demonstra um esforço contínuo e genuíno para diminuir os danos sociais causados pelas suas próprias operações.

No entanto, ao olharmos mais de perto, percebemos que, embora esses números possam parecer elevados, eles representam uma pequena fração do lucro obtido por essas empresas. A indústria de jogos e apostas movimenta bilhões anualmente, e é justo argumentar que as doações, embora louváveis, são o mínimo que essas empresas devem fazer. Afinal, elas estão tratando dos problemas diretamente causados pela sua atividade principal.

Essas doações são uma responsabilidade moral e ética das empresas, e é essencial que sejam incentivadas. Aliás, a proposta de uma taxa estatutária obrigatória para financiar a prevenção de danos é uma medida que deveria ser implementada. A contribuição voluntária, embora tenha gerado um financiamento recorde, não oferece a mesma segurança e continuidade que um esquema obrigatório poderia garantir. A criação de uma taxa legal garantiria que todos os operadores contribuíssem de maneira justa e proporcional, proporcionando um financiamento consistente e robusto para programas de prevenção e tratamento.

 

Escrito por Sérgio Ricardo Jr

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