Entenda a queda precoce dos Brasileiros nos últimos mundiais
A final da 19ª edição do Mundial de Clubes, aconteceu no sábado dia 11 de fevereiro com vitória do Real Madrid, que é o clube com mais títulos na competição.
O Flamengo também participava do torneio, mas acabou perdendo na semifinal para o Al-Hilal. Porém, não foi somente o Rubro-Negro que não conseguiu ir à final do Mundial, levando em conta desde a implementação do formato atual, Internacional em 2010, Atlético-MG em 2013 e Palmeiras em 2020, também não passaram da semifinal.
Sendo assim, já são mais de 10 anos desde a última vez que um time brasileiro levantou a taça do Mundial de Clubes.
Mas como se explica este declínio dos clubes brasileiros?
História do Mundial de Clubes
De acordo com a FIFA, o Mundial de Clubes teve início em 1960 e era denominado de Copa Intercontinental de Clubes. Na época, o formato da competição era com apenas uma partida, já que apenas os campeões da Champions League e da Libertadores da América disputavam o torneio. Este formato da competição permeou até 2004.
Já em 2005, a FIFA implementou um novo modelo no torneio, no qual os campeões das competições continentais de diferentes continentes e um representante do país-sede, disputavam a taça internacional.
Porém, por serem considerados mais fortes tecnicamente, os campeões da Champions League e da Libertadores passaram a entrar direto na semifinal. Desde então, os europeus nunca deixaram de disputar a decisão, enquanto os sul-americanos tiveram alguns tropeços ao longo desta trajetória.
Os times europeus no Mundial de Clubes
Nas últimas 10 edições do Mundial de Clubes todos os campeões foram times europeus e o Real Madrid por exemplo, só na última década venceu cinco vezes.
E acredite ou não, o Mundial de Clubes não é muito almejado pelos times do “Velho Mundo”, pelo contrário, é a Champions League que eles estimam e cobiçam, tanto pelo nível de dificuldade como pelo faturamento.
Para os times europeus não há competitividade no Mundial de Clubes, até porque sabemos que o futebol europeu é mais moderno taticamente e tecnicamente em relação ao nosso futebol.
Os times brasileiros no Mundial de Clubes
Só para se ter uma ideia, a última vez que um clube brasileiro ergueu a taça de campeão no Mundial de Clubes, foi em 2012, quando o Corinthians levou a melhor contra o Chelsea na final.
Desde então, os times brasileiros entraram em declínio no torneio. Em 2013, por exemplo, o Atlético-MG perdeu na semifinal pelo Raja Club Athletic, do Marrocos, e teve que se contentar apenas com o terceiro lugar.
Já em 2017, foi a vez do Grêmio, que até chegou na final, mas acabou sendo vencido pelo Real Madrid. Após dois anos, a história se repetiu, quando o Flamengo foi vice para o Liverpool.
Depois, em 2021, o Palmeiras foi derrotado pelo Chelsea na final e este ano, o Flamengo cai para o Al Hilal.
Por que os clubes europeus tem se saído melhores do que os clubes brasileiros?
A resposta é bem simples: os clubes europeus levam em consideração toda a estrutura da equipe, desde o jogador até ao campeonato.
Além disso, também podemos ressaltar a organização econômica dos times da Europa que em sua maior parte é bem mais organizado do que os clubes brasileiros.
Infelizmente o Brasil, se tratando de futebol, passa por um momento de fragilidade, tanto na organização como na estrutura e formação dos atletas, que não tem fortalecido o esporte no país.
Além do mais, boa parte dos jogadores revelados em clubes brasileiros não jogam nos times que os revelaram e logo se transferem para os clubes europeus com salários milionários.
Desta forma, mesmo que os jogadores e técnicos dos times europeus não se importem com o Mundial, eles conseguem ainda sim sair melhores porque sabem da nossa fragilidade técnica.
Será que veremos um clube brasileiro levantar novamente a taça do Mundial de Clubes?
A competição mudará de formato em 2025, ou seja, teremos apenas mais duas edições do Mundial de Clubes no formato atual.
A nova configuração do torneio envolverá mais clubes, de 7 serão 32 times, e ocorrerá de quatro em quatro anos.
A divisão das vagas foram distribuídas pelos continentes da seguinte maneira: 12 para a Europa, 6 para a América do Sul, 4 para a África, 4 para a Ásia, 4 para América do Norte e Central, 1 para Oceania e 1 para país-sede.
Desta forma, teremos mais clubes europeus, o que vai tornar a competição mais competitiva, porém neste novo formato dificilmente será conquistada pelos clubes sul-americanos, em especial pelos times brasileiros.
Para conseguir vencer novamente dos times europeus é necessário uma reformulação no futebol brasileiro, que deve começar desde a gestão dos times financeiramente até as táticas desenvolvidas pelos jogadores.
É preciso ir muito além do que está sendo feito atualmente pelos clubes, pois não é só sobre futebol, não se trata mais só do esporte, pelo contrário, é um conjunto de coisas que faz dar certo e que fez com que os times europeus chegassem até onde estão.
Para recuperar o nosso prestigio e superar de vez o 7×1 que ficou em nós como uma mancha, será um longo e, pode até se dizer, doloroso processo, porém necessário no futebol brasileiro.
CONFIRA OUTROS CONTEÚDOS NO BLOG
- Os jogadores com as carreiras mais longas da história da NBA
- Apostadores brasileiros sentem-se protegidos ao receber mensagens sobre jogo responsável
- Ministério Público revela esquema de manipulação de resultados na Série B do Brasileirão
Faça parte da minha lista VIP e receba conteúdos de apostas profissionais exclusivos.
Escrito por Paulina Costa