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qua 28 maio/25

PSG x Inter: a improvável final da Champions League 2025


No próximo sábado, 31 de maio, a Europa conhecerá o seu novo campeão. PSG e Inter entram em campo na Allianz Arena, na Alemanha, para disputar a grande final da Champions League 2024/2025. Um confronto que, se analisado sob a ótica fria das casas de apostas no início da temporada, poderia até parecer improvável. Mas o futebol — esse organismo vivo que desafia a lógica — novamente pregou uma peça e colocou frente a frente duas maneiras distintas de entender e praticar o jogo.

Dois mundos e uma taça

É a taça da Champions League!

O que mais impressiona nessa final não é apenas a presença de clubes grandes, mas a maneira como chegaram até aqui. O PSG, após anos de investimentos bilionários que criaram supertimes e encheram vitrines de troféus nacionais, mas frustraram sonhos continentais, finalmente chega à decisão da Champions League com um elenco, paradoxalmente, menos estrelado. Como ironia do destino, talvez seja justamente este PSG “mais barato” e menos badalado que tenha as maiores chances de conquistar a Europa pela primeira vez.

Do outro lado, uma Inter de Milão pragmática e resiliente, que transformou o sofrimento em virtude e, mesmo perdendo o Campeonato Italiano para o Napoli na última rodada, chega para a final da Champions League com um espírito de superação perigoso para qualquer adversário. A ferida aberta pelo vice nacional pode ter dois efeitos: a motivação explosiva de não falhar outra vez ou o peso da frustração que paralisa.

O PSG que aprendeu a sofrer

A campanha parisiense até a decisão foi uma verdadeira montanha-russa, marcada por altos e baixos na fase classificatória e por uma metamorfose evidente a partir das oitavas de final. O time começou sua trajetória na Champions League vencendo o modesto Girona por 1 a 0, mas logo acumulou tropeços: derrotas para Arsenal (2 a 0), Atlético de Madrid (2 a 1) e Bayern de Munique (1 a 0). A vitória categórica por 3 a 0 sobre o RB Salzburg, na última rodada da fase de classificação, foi um alívio e um prenúncio do que viria.

No mata-mata, o PSG renasceu. Massacrou o Brest com um agregado de 10 a 0, superou o poderoso Liverpool nos pênaltis após dois jogos duríssimos (1 a 1 no agregado), e deixou pelo caminho o surpreendente Aston Villa com um placar apertado (5 a 4). Na semifinal, vingou-se do Arsenal, responsável por uma das derrotas na fase inicial, vencendo por 1 a 0 em Londres e 2 a 1 no Parque dos Príncipes.

A força deste PSG não está apenas no talento individual, mas na capacidade de adaptação e muito na resistência aos múltiplos cenários de uma partida. Uma equipe que, ao contrário de anos anteriores, aprendeu a sofrer e soube sobreviver.

A Inter de pedra

A Internazionale, por sua vez, caminhou pela Champions League com um roteiro menos dramático, mas igualmente consistente. Empatou com o Manchester City na estreia (0 a 0) e em seguida construiu vitórias importantes: 4 a 0 sobre o Estrela Vermelha, 1 a 0 no Young Boys, e triunfos sobre Arsenal e RB Leipzig — ambos por 1 a 0 — antes de ser derrotada pelo Bayer Leverkusen.

Classificada diretamente às oitavas de final, eliminou o Feyenoord com autoridade (4 a 1 no agregado), surpreendeu o Bayern de Munique (2 a 1 em Munique e empate em Milão) e venceu um épico duelo contra o Barcelona com um agregado de 7 a 6, decidido apenas na prorrogação do segundo jogo.

O time de Simone Inzaghi transformou-se em um exemplo de solidez defensiva, com 8 jogos sem sofrer gols na campanha. O ataque foi liderado por um Lautaro Martínez decisivo com 9 gols.

Jogador de futebol Lautaro Martinez. Ele pode vencer a Champions League.

O peso do investimento e o valor do coletivo

Desde a chegada da Qatar Sports Investments (QSI), em 2011, o PSG gastou bilhões na construção de elencos galácticos que fracassaram repetidamente na Champions League. A ironia não poderia ser mais cruel — ou deliciosa: agora, com um time menos estrelado, mas mais equilibrado, está a um passo da tão sonhada taça.

Os protagonistas desta versão do PSG são nomes de “segunda prateleira” midiática. Ousmane Dembélé, até então visto como promessa frustrada, tornou-se o artilheiro parisiense na competição com 8 gols. Ao seu lado, nomes como Kvaratskhelia, que chegou em janeiro e teve um impacto muito positivo na equipe, além de promessas francesas como Désiré Doué e Bradley Barcola, todos eles muito bem protegidos por um meio-campo funcional, uma defesa solidificada e uma equipe mais madura emocionalmente.

Já a Inter exibe um elenco construído longe dos holofotes, com estrelas que sempre estiveram na sombra de outros craques. Denzel Dumfries, por exemplo, lidera as assistências da equipe (3), o meio campo é muito forte e entrosado, enquanto Lautaro Martínez assumiu, talvez pela primeira vez, o papel de protagonista real de uma temporada europeia. Seria injusto citar a Inter sem falar de Marcus Thuram, um incansável homem de frente que tem na intensidade de movimentos a sua melhor característica. 

A construção dos elencos de ambos os times deixa claro que esta é uma final de Champions League diferente. O duelo não está entre os superastros midiáticos que dominam as campanhas publicitárias, mas entre jogadores que sempre foram coadjuvantes e agora podem reescrever sua própria história no mundo da bola.

O impacto emocional do Scudetto perdido

Não se pode ignorar o peso emocional para a Inter da derrota no Campeonato Italiano, perdido para o Napoli na última rodada. A frustração pode ser combustível para uma performance histórica ou um fardo intransponível. A história recente do futebol mostra exemplos para ambos os cenários. A pergunta que paira: como Simone Inzaghi conduzirá seu grupo neste contexto de finalíssima de Champions League?

Enquanto isso, o PSG desfilou nas competições domésticas, dominando com sobras a Ligue 1 e as copas francesas. Chega à final embalado e confiante, em busca de uma temporada histórica que pode selar definitivamente a sua ascensão ao patamar de elite no futebol europeu.

O duelo tático entre Luis Enrique e Simone Inzaghi

Luis enrique

A final da Champions League também coloca frente a frente dois treinadores que, apesar de percursos diferentes, vivem um momento crucial na carreira.

Luis Enrique, campeão europeu com o Barcelona em 2015, busca a consagração fora da Catalunha e a validação definitiva de sua ideia de jogo baseada no passe (o PSG lidera a estatística de passes tentados – 10255 – e passes completos – 9191 -).

Do outro lado, Simone Inzaghi, um treinador muitas vezes subestimado, mas que consolidou-se como um mestre das competições de mata-mata. O título seria a coroação de sua trajetória, marcada pela montagem de defesas extremamente eficientes, muita disciplina tática e a enorme capacidade de extrair o máximo de elencos que, no papel, não figuram entre os favoritos.

Uma final que foge do roteiro esperado

Independentemente do resultado, o que se apresenta neste sábado é uma final de Champions League que reflete as novas dinâmicas do futebol europeu: menos previsível e muitas vezes decidido fora dos holofotes. Aos apostadores, fica o alerta: não é uma decisão óbvia. O PSG chega embalado, com estatísticas superiores e uma defesa que evoluiu na reta final, mas que demonstrou falhas na fase de grupos. Já a Inter mostrou-se um time cirúrgico, competitivo em qualquer ambiente, mas que carrega o peso emocional de uma Serie A perdida na última rodada.

Na análise do jogo, não basta olhar para os números frios: é preciso interpretar a narrativa de dois clubes que fizeram das suas supostas limitações o combustível para estarem na Allianz Arena. Que os olhos estejam atentos não só aos astros em campo, mas à forma como o contexto, a pressão e as escolhas técnicas podem influenciar cada detalhe do jogo. Afinal, a Champions League nunca premia apenas o melhor elenco — premia quem sabe suportar o peso da ocasião.

Confira aqui o nosso palpite para a grande decisão!

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