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Estudo revela baixo impacto das apostas na economia das famílias brasileiras
seg 07 out/24

Estudo revela baixo impacto das apostas na economia das famílias brasileiras


Diante das inúmeras polêmicas envolvendo a indústria das apostas esportivas nas últimas semanas, o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), em parceria com a LCA Consultoria Econômica, resolveu desenvolver um estudo que analisou o impacto desse setor na economia e no comportamento das famílias brasileiras, trazendo novas perspectivas sobre o tema que tem dominado o noticiário brasileiro.

De acordo com o levantamento, os gastos anuais com apostas representam entre 0,1% e 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No consumo familiar, esse percentual varia de 0,2% a 0,5%, o que demonstra que, apesar da visibilidade do setor, ele ainda representa uma pequena fatia do orçamento das famílias. Caso todos esses recursos fossem direcionados ao pagamento de dívidas, o efeito sobre o endividamento seria mínimo, com uma redução inferior a 0,5 pontos percentuais.

Eric Brasil, diretor da LCA Consultoria Econômica, ressaltou a importância de dados concretos para a tomada de decisões tanto por parte do governo quanto das empresas que operam no mercado de apostas. Ele afirma que é essencial compreender como as apostas impactam a economia e as finanças das famílias brasileiras, fornecendo uma análise objetiva e imparcial. André Gelfi, diretor-presidente do IBJR, também destacou o estudo. “Apenas por meio de dados concretos e reais, as casas de apostas poderão desenvolver políticas internas e ferramentas de proteção ao jogador”, afirmou Galfi.

Ainda de acordo com André Gelfi, o IBJR tem buscado fornecer clareza ao setor, promovendo a regulamentação adequada e ajudando as operadoras a adotar ferramentas de proteção ao consumidor. Segundo ele, é por meio dessas informações que será possível garantir a integridade do mercado e a segurança dos apostadores. O estudo também chama a atenção para conceitos importantes no setor, como o turnover (montante total apostado), o Return-to-Player (RTP, percentual devolvido aos jogadores) e o Gross Gaming Revenue (GGR, receita bruta das operadoras).

No Brasil, o RTP das operadoras associadas ao IBJR gira em torno de 93%, um valor elevado em comparação com mercados regulados, onde essa taxa geralmente ultrapassa 80%. Em termos financeiros, o gasto líquido anual com apostas no Brasil pode chegar a R$16,3 bilhões, o que corresponde a aproximadamente 7% do total movimentado pelo setor. Esses dados indicam que as apostas, embora vistas com reservas por parte da população, já se consolidam como uma forma de entretenimento comparável a serviços de streaming, cinema e outros eventos, além de reforçar que, apesar do crescimento do mercado no Brasil, sua participação no orçamento familiar e na economia ainda é pequena.

Sobre o IBJR

Fundado em 2023, o IBJR tem como objetivo promover o jogo responsável e a integridade esportiva, além de contribuir para a regulamentação do setor no Brasil. O instituto foi criado por grandes grupos internacionais de apostas, como Bet365, Flutter e Entain, que juntos representam cerca de 75% do mercado de apostas online. Com o apoio de empresas de meios de pagamento, grupos de mídia e agências de marketing esportivo, o IBJR trabalha para garantir a criação de regras claras e eficazes que protejam tanto os operadores quanto os consumidores.

 Repetitivo

É quase repetitivo ter que destacar, mais uma vez, como a indústria das apostas esportivas no Brasil tem sido alvo de críticas exacerbadas e, muitas vezes, desproporcionais. O estudo recente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) confirma o que já era esperado: o impacto das apostas no núcleo familiar brasileiro é mínimo. Estamos falando de uma porcentagem de gasto que varia entre 0,2% e 0,5% no orçamento das famílias — um valor irrisório quando comparado a outras formas de entretenimento, como serviços de streaming ou idas ao cinema.

No entanto, alguns setores da sociedade insistem em inflar a carga negativa que recai sobre as apostas. Essas vozes tentam distorcer a realidade, criar uma ilusão de que o mercado é um inimigo da economia familiar, quando, na verdade, os dados concretos não indicam isso. A desonestidade presente em certos discursos não apenas distorce o debate, como também confunde a população sobre o real impacto das apostas no Brasil.

É difícil acreditar que esses movimentos estão de fato interessados em um futuro melhor para o país. Parece que o objetivo é manter uma narrativa de desinformação, alimentando medos infundados e desviando o foco de questões mais urgentes. E o pior é que esse tipo de atitude dificilmente irá cessar. Continuarão a repetir os mesmos argumentos, ignorando os dados sólidos que desmentem suas alegações. Neste cenário, todo cuidado com as informações que circulam é essencial. O estudo do IBJR surge como um importante contrapeso para o sensacionalismo barato e o terrorismo social que estão tentando fazer sobre esse tema.

 

Escrito por Sérgio Ricardo Jr.

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