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Clubes seguem negociando direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro
qua 11 set/24

Clubes seguem negociando direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro


Dirigentes dos clubes que representam a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) seguem negociando os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para os próximos anos. A Libra discute, principalmente, as propostas relacionadas aos direitos internacionais de transmissão e aqueles relacionados com as exibições de partidas em sites de apostas esportivas. Entre os participantes desse grupo, estão clubes como Brusque, Flamengo, Grêmio, Guarani, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vitória, Atlético-MG, Bahia e Paysandu.

O grupo tem feito alguns encontros com foco no avanço das negociações sobre novas oportunidades de receita para os clubes da Libra. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, destacou o progresso da liga, afirmando que a entidade está consolidando acordos importantes. “Estamos avançando de maneira constante e sólida, sempre no sentido de conseguir as melhores condições possíveis para nossos clubes e parceiros. Criamos a Libra com o propósito de fortalecer o futebol brasileiro e suas equipes de maneira coletiva, e seguiremos firmes neste objetivo“, declarou.

Além das discussões sobre os direitos internacionais, os clubes da Libra já garantiram um acordo significativo no mercado doméstico. Em março de 2023, os times fecharam um contrato com o Grupo Globo, que assegura a transmissão das competições entre 2025 e 2029, englobando TV aberta, fechada, streaming e pay-per-view. O valor do acordo ultrapassa R$ 6 bilhões, oferecendo estabilidade financeira aos clubes participantes.

Alberto Guerra, presidente do Grêmio, reforçou a importância dessa parceria com a emissora. Segundo ele, o contrato garante previsibilidade orçamentária e exposição midiática, permitindo que os clubes possam explorar novas fontes de receita. “Esta parceria com a principal emissora do país traz previsibilidade orçamentária e também de exposição pelos próximos cinco anos. Além disso, nos dá tranquilidade para ir atrás de novas fontes de receita e negócios estratégicos para os clubes da Libra, que foi o que tratamos nas últimas reuniões”, completou Guerra.

 Outros movimentos

Enquanto a Libra consolida seus acordos, o Corinthians, que integrava a liga, decidiu recentemente aderir à Liga Forte União, um grupo concorrente nas negociações de direitos de transmissão. A Liga Forte União (LFU), por exemplo, anunciou recentemente um importante acordo com a Amazon para a transmissão de 38 jogos do Campeonato Brasileiro de 2025. A parceria, revelada pelo UOL, será realizada por meio do serviço de streaming Prime Video, que exibirá um jogo por rodada da Série A. O valor do contrato está estimado entre R$ 340 e R$ 350 milhões, com a intermediação da empresa Livemode, especializada em negociações esportivas e produtora do canal CazéTV.

Com o acordo, a Amazon terá direitos exclusivos para transmitir jogos de clubes tradicionais como Cruzeiro, Corinthians, Athletico-PR, Fluminense, Internacional e Vasco. A entrada da Amazon no futebol brasileiro não é uma novidade, visto que a empresa começou a transmitir partidas da Copa do Brasil em 2022. Esse movimento de acerto da LFU com a Amazon pode ampliar as opções de transmissão para os torcedores, visto que o conglomerado de times já havia fechado acordos com a TV Record e o YouTube.

Lacunas

O cenário dos direitos de transmissão do futebol brasileiro está longe de ser simples. Embora tenhamos alguns acordos já firmados, como o contrato entre a Libra e o Grupo Globo, algo que traz estabilidade e garantias financeiras para os clubes, ainda existem muitas polêmicas e incertezas pairando sobre o futuro das negociações. A crescente presença de grandes plataformas de streaming, como a Amazon, adiciona mais uma camada de complexidade, especialmente quando se considera a possível entrada de emissoras tradicionais no mercado de apostas esportivas.

O que está em jogo aqui não é apenas uma questão de viabilidade econômica para os clubes, mas também a experiência do consumidor final. Por um lado, há aqueles que preferem a centralização dos direitos em um único canal ou plataforma, algo que facilita o acesso e reduz custos adicionais. Por outro lado, a pluralidade de opções de transmissão pode ser vista como uma forma de diversificar as escolhas do público, mesmo que isso implique em desafios como a fragmentação de conteúdos e a necessidade de múltiplas assinaturas.

Além disso, a ligação potencial entre emissoras de transmissão e as apostas esportivas levanta questões legais. Há quem aponte que as emissoras não poderiam ocupar essas duas lacunas no mercado, sendo donas de direitos de transmissão e também operando marcas próprias de apostas esportivas. Alguns desses pontos, naturalmente, só serão desvendados com o tempo, principalmente a parte de fluidez legal dessas negociações e o nível de excelência na entrega das transmissões ao público. Será que os consumidores de futebol no Brasil sentirão saudade do monopólio da Globo?

Escrito por Sérgio Ricardo Jr

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