Apita Cidadão: governo lança plataforma para denúncias contra manipulações
O Governo Federal lançou o Apita Cidadão, um canal digital criado para receber denúncias anônimas de manipulação de resultados em eventos esportivos. Além disso, a plataforma garante que policiais federais façam a análise de todas as informações recebidas, mantendo o sigilo do denunciante.
Como funciona a nova plataforma
O uso da ferramenta é simplificado, consistindo em um formulário dividido em quatro etapas. Nele, o denunciante deve informar a data e o local da partida, os supostos envolvidos na irregularidade e, em seguida, redigir um breve relato sobre o caso. A iniciativa faz parte de um conjunto de ações de um grupo de trabalho dedicado a criar uma política nacional contra a manipulação de resultados.
O governo informou que o grupo reúne membros dos ministérios do Esporte, da Fazenda, da Justiça e da Polícia Federal. O órgão dispõe de 180 dias, com possibilidade de prorrogação por igual período, para entregar um relatório com atividades e propostas de ação.
Estratégia nacional e cooperação internacional contra a manipulação de resultados
Adicionalmente, o Ministério do Esporte vai sediar em Brasília um encontro técnico de três dias, entre 29 de setembro e 1º de outubro. O evento vai contar delegados das polícias Civil e Federal de todos os 26 estados e do Distrito Federal para um treinamento de qualificação. Paralelamente, o governo lançará um manual de combate à manipulação, que definirá diretrizes para prevenir e reprimir fraudes no esporte.
Afinal, o Brasil é um dos principais focos de casos suspeitos de manipulação. Conforme o ranking anual da empresa Sportradar, o país liderou a lista de alertas por dois anos consecutivos, em 2022 (152 casos) e 2023 (110). Contudo, o número apresentou uma queda na temporada passada, quando foram registradas 57 suspeitas.
Por fim, o governo brasileiro formalizou ao Conselho da Europa, no começo de setembro, sua intenção de aderir à Convenção de Macolin. Trata-se de um instrumento internacional, com cerca de 50 países signatários, que facilita a troca de informações sobre a manipulação de resultados.
Fonte: IGB
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