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CBF nomeia ex-procurador do Rio para cuidar da integridade do futebol brasileiro
ter 28 nov/23

CBF nomeia ex-procurador do Rio para cuidar da integridade do futebol brasileiro


Na última sexta-feira (24), o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, nomeou o advogado Eduardo Gussem como o novo Oficial de Integridade da entidade, pasta criada recentemente pela confederação como uma resposta aos recentes casos de manipulação no futebol nacional. Com uma trajetória destacada como ex-procurador-geral de Justiça e presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Gussem assume um papel crucial na defesa da integridade e na prevenção da manipulação de resultados no futebol nacional.

 Confira abaixo, na íntegra, a nota oficial de anúncio da CBF publicada oficialmente no site da instituição:

 Eduardo Gussem é nomeado Oficial de Integridade da CBF

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, nomeou nesta sexta-feira (24) o advogado Eduardo Gussem para ser o Oficial de Integridade da entidade.

 Gussem foi procurador-geral de Justiça e presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

 Desde o início da gestão do Presidente Ednaldo Rodrigues a proteção da integridade do futebol tem sido uma das principais prioridades. A CBF adota as mesmas medidas que as principais organizações esportivas do mundo e trabalha, com a orientação da FIFA e da CONMEBOL, numa série de iniciativas próprias para combater a manipulação de resultados, como a criação desta Unidade de Integridade.

 “O desenvolvimento de jogos de apostas desportivas, especialmente online, aumenta os riscos de manipulação de competições esportivas. Todos os países e todas as modalidades esportivas estão sujeitos à possibilidade de manipulação de competições desportivas. Este fenômeno é uma ameaça mundial para a integridade do esporte e exige uma resposta coletiva global. Uma luta eficaz contra a manipulação de competições desportivas exige cooperação nacional e internacional ágil, rápida, sustentável e eficaz, com diálogo e a cooperação entre autoridades públicas, organizações desportivas, organizadores de competições e operadores de apostas desportivas a nível nacional e internacional, que são essenciais na procura de respostas eficazes comuns aos desafios colocados pelo problema da manipulação de competições desportivas. Esta Unidade de Integridade trabalhará permanentemente nestas questões”, disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

 Na solenidade realizada no gabinete da Presidência da CBF, o advogado Antonio Carlos Lemos Basto também tomou posse na Unidade de Integridade da CBF. Na cerimônia,  Gussem analisou os desafios da nova função.

 “A Unidade de Integridade na CBF é uma estrutura nova e pioneira. Nós temos como objetivo trazer rigidez, segurança para o futebol. Hoje tem vários questionamentos a questão das apostas e a manipulação de resultados. E nós vamos analisar criteriosamente isso tudo construindo soluções rápidas para o público, os torcedores e o mundo futebol. A Fifa já sinalizou que vai fazer desta Unidade de Integridade como piloto para o mundo inteiro”, destacou Eduardo Gussem.

  “O chamado do Presidente Ednaldo é uma convocação. É uma grande honra poder servir ao futebol brasileiro trazendo segurança e rigidez às competições. Tenho total consciência da responsabilidade. O desafio é enorme. Acompanho o trabalho que a CBF vem fazendo, bem como as discussões com a Fifa e a Conmebol para elaboração do maior investimento do mundo na proteção da integridade do esporte. Além do nosso trabalho interno, é importante avançar também nas articulações para adesão do Brasil à Convenção sobre a Manipulação de Competições Esportivas, aprovada pelo Conselho da Europa com o compromisso de dezenas países, inclusive de outros continentes, como, por exemplo, Austrália e Marrocos, como passo importante para a formulação de uma estratégia nacional sob medida, robusta e integrada, com base nas melhores práticas internacionais e com todo o suporte necessário para a superação das lacunas legislativas existentes e para a implementação de uma plataforma nacional de integridade desportiva”, acrescentou

 Além de otimizar os recursos internos, Gussem agregará à Unidade de Integridade da CBF toda sua expertise em controle e investigação, coordenando uma equipe multidisciplinar, dedicada ao reforço de cada uma das funções de integridade e ao respeito à diversidade e a medidas inclusivas no futebol. Ele vai trabalhar com as melhores referências do mundo, como, por exemplo, o Centro Internacional de Segurança do Esporte, a Aliança Global pela Integridade do Esporte e uma força tarefa de investigação privada para subsidiar as autoridades públicas na missão de identificar e punir os criminosos que atuam na manipulação de resultados esportivos.

 Significa? 

A nomeação de Eduardo Gussem como Oficial de Integridade da CBF é, sem dúvida, um passo significativo na direção de tentar melhorar o monitoramento de jogos no futebol brasileiro. Essa ação, ao que tudo indica, atualmente está sendo terceirizada pela entidade, o que não é necessariamente um problema, visto que as empresas contratadas para isso são as melhores do mercado. O ponto é que esse tema é tão importante que precisa de mais, por isso vejo com bons olhos a iniciativa de ter alguém para controlar e monitorar o que acontece nos bastidores do mundo da bola.

 A escolha de um profissional com a experiência e credenciais de Gussem mostra que, aparentemente, a CBF quer alguém forte para atuar nessa área. No entanto, é crucial questionar se essa ação representa uma resposta efetiva e estratégica ou se é, em parte, uma reação social aos recentes casos de manipulação de resultados que abalaram o futebol brasileiro. Enquanto a criação da Unidade de Integridade e a nomeação de Gussem podem ser aplaudidas como medidas proativas, não podemos deixar de manter sempre um pé atrás com qualquer iniciativa que venha da CBF, uma instituição que já demonstrou inúmeras vezes que não vê o gerenciamento do futebol nacional como uma das suas prioridades.

É fundamental que a CBF não apenas responda aos casos já ocorridos, mas também trabalhe proativamente para prevenir futuros episódios de manipulação. Além disso, é preciso assegurar que a tal Unidade de Integridade tenha os recursos necessários e a autonomia adequada para desempenhar eficazmente suas funções, indo além de ser uma resposta social para se tornar uma estrutura duradoura e eficiente na preservação da integridade no futebol brasileiro. Não tenho capacidade de analisar o currículo ou as idéias de Gussem, só desejo que ele possa contribuir para uma melhor estrutural do futebol em nosso país.

 

Escrito por Sérgio Ricardo Jr

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