Apostadores Brasileiros e Jogo Responsável
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Apostadores brasileiros sentem-se protegidos ao receber mensagens sobre jogo responsável
qui 16 fev/23

Apostadores brasileiros sentem-se protegidos ao receber mensagens sobre jogo responsável


Uma pesquisa realizada pelo grupo Playtech, empresa de tecnologia muito atuante na indústria dos jogos e das apostas, mostrou que uma grande quantidade de brasileiros são a favor de receber mensagens de proteção enquanto realizam apostas. Promovida em parceria com a plataforma de pesquisa Toluna, o estudo revelou que 70% dos apostadores brasileiros entendem que as mensagens de segurança podem ser uma forma de protegê-los e fazer com que tenham um comportamento mais responsável em relação ao jogo.

 

De acordo com informações divulgadas pela imprensa, a pesquisa da Playtech foi produzida visando a obtenção de dados para a construção de outra edição do Relatório de Jogo Responsável na América Latina, um trabalho que busca promover a avaliação do cenário atual de apostas online nesta região. Entre os objetivos, a pesquisa pretendia avaliar o comportamento dos apostadores e descobrir quais são suas preferências quando o assunto são as mensagens de proteção.

 

Amostragem e finalidade das mensagens

 

Durante a pesquisa realizada pelo grupo Playtech e a Toluna, foram entrevistados 2.500 apostadores, residentes em cinco países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru). Os entrevistados tiveram a oportunidade de revelar como se sentem ao receber mensagens de proteção sobre jogo responsável, uma das ferramentas desenvolvidas por empresas de tecnologia (como a Playtech) para ser utilizada por empresas de apostas no ato de proteção aos apostadores que apresentam comportamentos arriscados.

 

De acordo com as empresas que realizaram a pesquisa, o fato da indústria das apostas não ser regulamentada em grande parte da América Latina, incluindo o Brasil, pode levar diversas pessoas a apostar sem uma rede de proteção, algo que pode elevar o risco de desenvolvimento de algum tipo de vício ou compulsão em apostas. Desta forma, as mensagens de segurança, aprovadas pelo público brasileiro, são parte de uma política de proteção aos usuários de casas de apostas, visto que elas alertam os apostadores sobre os seus comportamentos arriscados e oferecem meios de encontrar ajuda, caso seja necessário.

 

Dados da pesquisa

 

De acordo com a pesquisa feita pela Playtech, 52% dos brasileiros admitem já ter recebido algum aviso sobre o quanto estavam apostando. Entre os participantes da pesquisa, 37% afirmam terem mudado de comportamento dando uma pausa nas apostas, 20% dizem que não mudaram de comportamento, 15% não têm certeza, mas acreditam que receber o aviso tenha causado algum efeito, enquanto 10% pararam imediatamente de jogar e em apenas 2% dos casos os avisos fizeram os jogadores apostarem mais.

 

Quando questionados sobre como se sentem ao receber essas mensagens enquanto estão apostando, o estudo mostrou que 44% dos brasileiros respeitam o método, pois sabem que são para o seu próprio bem, 28% gostam e sentem-se seguros com as mensagens, 15% desejam saber mais sobre seu próprio comportamento de jogo, 8% revelam que se sentem irritados, mas não veem as mensagens como algo que afeta a experiência de jogo e apenas 5% além de não gostarem de recebê-las, gostariam de se livrar delas.

 

Sobre as preferências em como receber essas mensagens de proteção durante as apostas, 42% dos brasileiros optam pelo WhatsApp ou mensagem de texto (SMS), 40% preferem receber por e-mail; 28% acreditam ser melhor receber mensagens pop-up na página ou aplicativo da casa de apostas, enquanto alertas por meio do bate-papo é a opção melhor para 18% dos respondentes. Por fim, 14% preferem o congelamento de tela de jogo e 8% não gostariam de recebê-las de jeito nenhum.

 

Sobre a Playtech

 

Segundo informações do site iGaming Brazil (IGB), a Playtech foi fundada em 1999 e conta com ações premium listadas no mercado principal da bolsa de valores de Londres. A empresa é considerada uma das líderes de mercado no setor de jogos e também atua com transações financeiras, contando com 6.400 funcionários divididos em 24 países. Ainda de acordo com o IGB, a Playtech oferece serviços de software, conteúdo e tecnologia para plataforma de jogos que exploram cassino, cassino ao vivo, apostas esportivas, esportes virtuais, bingo e pôquer.

 

Surpresa positiva

 

Recentemente, em uma edição do AV – Podcast, conversamos sobre os possíveis problemas que as apostas esportivas podem causar nos apostadores. Em pauta, naquele momento, estava o déficit no tratamento para pessoas viciadas em apostas na Suécia, país que tem sofrido em sua rede médica por ausência de investimento e pesquisa na área. Durante o papo, relembrei que parte das obrigações de uma casa de apostas é inspecionar e monitorar os seus clientes, justamente para identificar possíveis apostadores em risco e agir antes que seja tarde.

 

Apesar de entender que essa prática é muito importante no dia a dia, principalmente levando em consideração que diversos apostadores realmente podem se sentir impactados pelas mensagens de jogo responsável que uma casa de apostas os envia, particularmente não esperava que grande parte do público brasileiro fosse favorável à intervenção das empresas de apostas em suas contas por meio das mensagens. Realmente esperava que o resultado de uma pesquisa desse tipo fosse outro.

 

Fui surpreendido positivamente, pois os apostadores brasileiros mostraram um nível de amadurecimento e autoavaliação que eu não enxergava. É raro, principalmente vivenciando o dia a dia da nossa comunidade, encontrarmos apostadores que reconheçam as suas próprias limitações. E mais raro ainda é encontrar algum apostador que, publicamente, mostre as suas fragilidades. Penso que a pesquisa, por ter um pouco de anonimato, tenha encorajado os apostadores a serem realmente sinceros quanto aos seus sentimentos.

 

É possível ser um apostador consciente, que entende os seus atos, que sabe a forma como deve apostar e, ainda assim, ter fragilidades. Uma coisa não anula a outra. Ninguém nasce pronto e a cabeça humana tende a ser muito instável. Somos movidos por sensações, sentimentos e seria hipocrisia afirmar que isso não nos afeta ou que não pode alterar de alguma forma o nosso processo de tomada de decisão. Torço para que a nossa comunidade siga amadurecendo e, mais ainda, que cada vez menos receba essas mensagens de proteção. Se isso acontecer, temos uma sinalização positiva sobre estarmos no caminho certo.

 

Escrito por Sérgio Ricardo Jr

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