Dicas de apostas no Brasileirão de futebol Feminino
Uma das modalidades esportivas que mais crescem no mundo é o futebol feminino. Com a cada vez maior popularidade do esporte, as mulheres vêm ganhando espaço e, aos poucos, conquistam um ambiente ainda muito dominado pelos homens. No Brasil, por exemplo, o futebol feminino está mais vivo que nunca, principalmente em relação ao calendário de competições que tem se estabelecido ano a ano, dando segurança às atletas profissionais.
A ascensão do futebol feminino
Mais uma vez explorando a realidade do futebol feminino brasileiro, podemos citar que a ascensão da modalidade no Brasil começou há muitos anos. Contudo, a realidade de apoio ao esporte tem mudado bastante desde então. Há dois anos, por exemplo, após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) chancelar a obrigatoriedade de que os clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro e a Libertadores no futebol masculino tivessem que manter equipes femininas, a modalidade passou por grandes reformulações.
Uma das coisas que mudou foi um aumento significativo no interesse de transmissões de jogos do futebol feminino. Além disso, a iniciativa também trouxe o interesse de diversas marcas de patrocinadores. Apesar de ainda existir uma grande diferença financeira entre as modalidades de futebol masculino e feminino, o esporte praticado pelas mulheres vem atraindo mais o público e, por conta disso, ganhando espaço entre os veículos de comunicação.
Maior rede de comunicação do país, o Grupo Globo tem se esforçado para adquirir os direitos de transmissão de campeonatos de futebol feminino. Algumas partidas do Brasileirão, por exemplo, tiveram um alto índice de audiência nos canais SporTV, o que colabora na luta da TV pela liderança de audiência na TV paga. Além da Globo, a Band também vem conseguindo bons índices de audiência nas suas transmissões de futebol feminino em TV aberta.
E não é só o Grupo Globo e a Band que vem cedendo espaço ao futebol feminino. Outras mídias também estão abraçando a modalidade, caso do aplicativo TikTok, febre mundial, que recentemente passou a realizar as transmissões da modalidade no perfil da CBF e do canal Desimpedidos, que antes realizava as exibições no YouTube.
Estrelas do futebol feminino
Você certamente conhece os melhores jogadores de futebol do mundo, certo? Quem não se lembra de Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, De Bruyne e Mbappe quando tocamos nesse tema? Mas e no futebol feminino? Você sabe quem são as melhores do planeta? Pensando em sanar essa curiosidade, separamos uma lista com dez das melhores atletas de futebol feminino da atualidade.
Megan Rapinoe (EUA, 36 anos): eleita a melhor jogadora do mundo da temporada 2019, Megan Rapinoe é considerada uma das atletas mais importantes da história do futebol. Além de ter sido uma das peças mais importantes dos Estados Unidos na conquista da Copa do Mundo de 2019, quando dividiu a artilharia da competição com Alex Morgan e Ellen White, ela foi eleita a melhor atleta do Mundial, mas suas posições fora de campo também são muito importantes para as mulheres. Megan Rapinoe é vista como uma referência dentro e fora das quatro linhas.
Alex Morgan (EUA, 32 anos): a experiente Alex Morgan também figura na lista de melhores jogadoras do mundo. E não é de hoje. Assim como Rapinoe, Morgan tem a sua vaga no panteão das melhores atletas da história do futebol. A goleadora norte-americana é bicampeã mundial pelo seu país, em 2015 e 2019, além de ter sido também campeã olímpica em Londres 2012.
Ada Hegerberg (Noruega, 26 anos): se citamos algumas veteranas, como Rapinoe e Alex Morgan, Ada Hegerberg é uma das representantes da nova geração. Com apenas 26 anos, Ada já é a maior artilheira da história da Liga dos Campeões Feminina e, mesmo tão jovem, já pode ser considerada uma das melhores jogadoras da história. Assim como Rapinoe, Ada Hegerberg tem posições firmes fora de campo e, em 2019, optou por não defender a seleção de seu país na Copa do Mundo por discordar de posturas da Federação da Noruega.
Lucy Bronze (Inglaterra, 30 anos): eleita a melhor jogadora da Europa em 2018-2019, em premiação organizada pela UEFA, Lucy Bronze tem conseguido se manter no topo das melhores do mundo há muitos anos, sendo uma das principais jogadoras da Seleção Inglesa e do Manchester City, equipe que tem crescido no contexto do futebol feminino.
Amandine Henry (França, 32 anos): mais uma jogadora que se mantém entre as melhores do mundo há alguns anos é Amandine Henry. A volante francesa ficou em quarto lugar na eleição da FIFA de melhor jogadora do mundo de 2019. O bom desempenho nos clubes e também na Seleção Francesa são suficientes para garantir uma vaga para Henry na lista de melhores do mundo atualmente.
Pernille Harder (Dinamarca, 29 anos): mesmo não vivendo um bom momento com a Seleção da Dinamarca, que ficou fora da última Copa do Mundo, em 2019, a atacante Pernille Harder, do Chelsea, merece uma vaga na lista de melhores do mundo. Figura certa entre a lista de artilheiras da Champions League em todos os anos, a goleadora dinamarquesa é multi-campeã por seus clubes. Após uma passagem marcante pelo Wolfsburg, da Alemanha, a atacante tem brilhado com a camisa do Chelsea, da Inglaterra, seu clube atual. Pernille Harder também foi a vencedora do prêmio de melhor jogadora da UEFA em 2017-2018.
Lieke Martens (Holanda, 28 anos): a carreira de Lieke Martens começou a decolar em 2017, quando ela foi eleita a melhor jogadora do mundo pela FIFA. Destaque da Holanda campeã da Eurocopa, a atacante tem feito boas temporadas por seus clubes e tem mantido um bom desempenho na sua seleção. Em 2019, por exemplo, a Holanda foi vice-campeã da Copa do Mundo e Martens foi importante na campanha até a final. É verdade que Martens já viveu fases melhores em sua carreira, mas sem dúvida alguma a ponta-esquerda holandesa ainda pode ser considerada uma das melhores jogadoras do mundo.
Vivianne Miedema (Holanda, 25 anos): outra holandesa a figurar entre as melhores do mundo é Vivianne Miedema, centroavante goleadora do Arsenal, da Inglaterra. O bom desempenho de Miedema por seus clubes e também pela sua seleção fazem da atacante uma das melhores da atualidade. A centroavante ficou em quinto lugar na eleição da FIFA de melhor jogadora do mundo de 2019 e já possui o título de maior artilheira da história da Seleção Holandesa aos 25 anos.
Wendie Renard (França, 31 anos): segurança e regularidade. Essas são as principais características de Wendie Renard, considerada a melhor zagueira do mundo. Líder da Seleção Francesa, a zagueira tem sido também a cara do Lyon, time multicampeão no futebol feminino. Desde 2006 na equipe francesa, Renard participou de todas as últimas grandes conquistas da equipe. A sua trajetória aliada ao bom futebol que pratica é o suficiente para colocá-la na lista de melhores jogadoras da atualidade.
Marta (Brasil, 35 anos): ano após ano, Marta vem se provando uma das grandes jogadoras da história do futebol. Apesar de não viver mais o seu auge como atleta, a brasileira é detentora de títulos expressivos no futebol feminino e figura entre as melhores do mundo há longos anos, sendo eleita a melhor do mundo em seis oportunidades. Em 2019, por exemplo, a meia da Seleção Brasileira de Futebol Feminino se tornou também a maior artilheira da história da Copa do Mundo, com 17 gols marcados. Pelo conjunto da obra, Marta é presença certa em qualquer lista de melhores do mundo enquanto ainda estiver na ativa.
Curiosidades do futebol feminino
Por ser uma modalidade de esporte ainda em desenvolvimento, o futebol feminino tem algumas curiosidades que são interessantes de se conhecer. Além de fatos históricos, algumas marcas importantes também merecem ser lembradas. Vamos conhecer algumas dessas curiosidades?
Futebol feminino proibido no Brasil: uma das curiosidades do futebol feminino no Brasil é bem triste. Em 1941, por exemplo, durante o governo de Getúlio Vargas, foi sancionada uma lei que proibia as mulheres de jogarem futebol. As alegações com teor machista e sexistas apontavam que o corpo feminino não era compatível com a prática desse esporte.
Marta é a maior artilheira das Copas do Mundo: a maior artilheira de todas as edições de Copa do Mundo é brasileira. A meia Marta, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, tornou-se a maior artilheira da história das Copas no dia 18 de junho de 2019, na partida contra a Itália, disputada pela fase de grupos da Copa do Mundo. Marta marcou o seu 17º gol em Copas do Mundo nesse jogo, feito que a fez superar o alemão Miroslav Klose, do futebol masculino, que possui 16 gols na competição.
EUA tem mais títulos de Copa do Mundo: se no futebol masculino os EUA estão longe de serem considerados uma das principais seleções, no futebol feminino os americanos reinam. A equipe nacional é referência no esporte e detém o título de maior campeã de Copas do Mundo da modalidade, com 4 títulos (1991, 1999, 2015 e 2019).
Formiga é a jogadora mais velha a jogar uma Copa do Mundo: além de Marta, uma das grandes referências brasileiras no futebol feminino é a experiente volante Formiga. Aos 41 anos, na edição de 2019, Formiga tornou-se a jogadora mais velha a disputar uma partida de Copa do Mundo. Além desse feito, a brasileira também foi a única jogadora na história a ter disputado 7 edições do principal torneio de futebol da FIFA.
Araguari Atlético Clube foi um time pioneiro: você conhece o Araguari Atlético Clube? Pouco conhecido, o time foi um pioneiro na história do futebol feminino brasileiro. Nos anos 70, algumas mulheres mostraram coragem ao enfrentar a lei que proibia a prática de futebol por mulheres. Defendendo as cores do Araguari Atlético Clube, as brasileiras entraram em campo mesmo proibidas e abriram portas para que outras mulheres pudessem jogar futebol no país.
Brasileira foi primeira árbitra reconhecida mundialmente: se algumas atletas brasileiras são marcantes na história do futebol feminino, a mineira Léa Campos, atualmente com 75 anos, foi a primeira árbitra a ser reconhecida no Brasil e no mundo pela FIFA. Léa superou as diversidades do período ditatorial brasileiro, além do preconceito e machismo que proibiam as mulheres de praticar e se envolver com futebol na época em que atuava. Diplomada em educação física e jornalismo, Léa Campos também lutou boxe e atualmente mora nos Estados Unidos.
Primeiro jogo de futebol feminino aconteceu entre Escócia e Inglaterra: um dos primeiros jogos de futebol feminino que se tem registro aconteceu em 1881. Jornais da época indicam que o primeiro jogo na história do futebol feminino aconteceu entre Escócia e Inglaterra e tinha jogadoras usando cintos, sapatos, toucas e camisetas. O detalhe é que muitas das jogadoras tiveram que usar pseudônimos para não serem descobertas.
Campeonato Brasileiro Feminino 2021
Denominado como Brasileirão Feminino Neoenergia 2021, por conta do acordo de patrocínio com a empresa Neoenergia, o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino 2021 aconteceu de 17 de abril a 26 de setembro deste ano e foi a 9ª edição da maior competição nacional de futebol feminino no Brasil. Assim como a versão masculina do campeonato, o Brasileirão Feminino teve organização da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O campeonato seguiu o mesmo modelo de disputa das edições anteriores e contou com a participação de 16 clubes: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Ferroviária, Flamengo, Grêmio, Internacional, Kindermann, Minas Brasília, Napoli, Palmeiras, Real Brasília, Santos, São José e São Paulo. Essas equipes disputaram uma primeira fase, em formato de pontos corridos (turno único), que serviu como classificatória para o mata-mata. As oito melhores equipes da primeira fase disputaram o título e o Corinthians foi campeão ao derrotar o Palmeiras na final.
Como funcionam as regras do Campeonato Brasileiro Feminino?
Em relação às regras gerais do Brasileirão Feminino, podemos destacar o modelo de disputa que, como dissemos, segue uma mesma fórmula há vários anos. O formato é divido em algumas fases, sendo a primeira delas disputada por 16 clubes, que se enfrentam no formato de pontos corridos, em turno único.
A primeira fase do Brasileirão Feminino, em pontos corridos, serve para definir as oito equipes classificadas para a fase decisiva, disputada normalmente em mata-mata com confrontos de ida e volta. Além dos classificados, a primeira fase do Brasileirão Feminino também serve para definir as equipes rebaixadas para a segunda divisão. Os quatro clubes de pior campanha na fase de pontos corridos são automaticamente eliminados da competição e rebaixados para a divisão de acesso.
As fases do Brasileirão Feminino
Primeira fase: 16 clubes se enfrentando no formato de pontos corridos, todos contra todos, em turno único.
Segunda Fase (quartas de final): nesta fase, os oito melhores clubes da primeira fase são cruzados em confrontos eliminatórios de ida e volta, valendo vaga nas semifinais.
Terceira fase (semifinal): os quatro clubes que superaram as quartas de final são cruzados em novos confrontos eliminatórios de ida e volta, desta vez valendo vaga na final da competição.
Quarta fase (final): os dois clubes que conseguiram superar todas as fases anteriores se enfrentam em confronto de ida e volta para definir quem é o Campeão Brasileiro Feminino.
Artilheiras e melhores times do Brasileirão Feminino 2021
O Corinthians foi campeão, mas talvez o grande destaque individual do Brasileirão Feminino 2021 foi mesmo Bia Zaneratto, do Palmeiras e da Seleção Brasileira Feminina, autora de 13 gols na competição, número que a consolidou como artilheira do Brasileirão 2021. Bia também foi a jogadora com maior número de assistências no torneio nacional, com 8 passes diretos para gol.
Em seguida, na lista de artilheiras do Brasileirão Feminino, tivemos Duda, do São Paulo, autora de 10 gols com a camisa do Tricolor. A corintiana Victória Albuquerque vem junto com Duda na segunda colocação, como vice-artilheira, pois também marcou os mesmos 10 gols que a são-paulina no campeonato.
Como melhores equipes da edição, não podemos deixar de fora os quatro semifinalistas do Brasileirão Feminino 2021: Corinthians, Palmeiras, Ferroviária e Internacional chegaram nas semifinais da competição e travaram um duelo interessante pelo título, conquistado pelo Corinthians ao bater o rival Palmeiras na final. Eliminados nas quartas, Santos e São Paulo fizeram uma boa primeira fase e também merecem estar incluídos entre os melhores do campeonato.
Como acompanhar o Campeonato Brasileiro Feminino?
Por se tratar de um campeonato ainda em ascensão, os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino costumam se alternar entre emissoras de TV e plataformas digitais. Na temporada 2021, por exemplo, o Brasileirão Feminino teve jogos transmitidos pela Band, pelo Grupo Globo (por meio do SporTV), pelo Youtube (via canal Desimpedidos) e, em sua fase final, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez um acordo com o aplicativo TikTok, que anunciou a cobertura e transmissão gratuita de todos os jogos da reta decisiva do Campeonato Brasileiro Feminino em suas mídias.
Estratégias de apostas
Apostar no futebol feminino não é tão simples quanto apostar na modalidade masculina. E aqui me refiro à baixa disponibilidade dos jogos nas casas de apostas. A modalidade está em ascensão no mundo todo e aos poucos começa a ganhar espaço também entre as bookies. Entretanto, esse processo ainda está em andamento, por isso precisamos avisar que nem sempre é tão comum assim termos linhas de jogos de futebol feminino disponíveis para os apostadores.
Em relação às diferentes estratégias que devem ser adotadas, alguns pontos devem ser levados em consideração. No futebol feminino, por exemplo, a realidade das equipes é muito diferente do que vemos na modalidade masculina. Ou seja, as informações são mais escassas e as condições dadas pelos clubes às atletas é muito inferior à dos homens.
Isso quer dizer, na prática, que as análises passam por entender muito do contexto de cada clube envolvido na liga que o apostador pretende trabalhar. Para se dar bem como apostador no futebol feminino, não vai ser apenas necessário entender como cada time joga, mas também será necessário acompanhar o dia a dia das garotas a fim de entender quais são os outros desafios que elas enfrentam além das rivais no campo.
A nível de comparação, digamos que apostar no futebol feminino tem semelhanças com apostar no futebol de várzea. E aqui não está nenhuma análise técnica do jogo, mas sim um comparativo em relação às dificuldades apresentadas aos apostadores que desejam atuar nessa modalidade. Quem já apostou na várzea brasileira sabe que os desafios são imensos.
Como uma outra dica complementar, oriento que os interessados em atuar como apostador em ligas de futebol feminino estejam sempre buscando informações atualizadas sobre as equipes e, além disso, recomendo também que os apostadores tenham um bom sistema de precificação de jogos, algo realmente funcional e capaz de identificar com clareza o nivelamento dos times, visto que até mesmo dentro do próprio futebol feminino existem grandes diferenças em estrutura e investimento.
Todas essas diferenças da modalidade devem pesar na hora de apostar no futebol feminino. As regras do esporte são exatamente iguais ao masculino. E quem analisa bem uma partida de futebol masculino com certeza vai conseguir se virar no futebol feminino também. O que pesa realmente na diferenciação entre as modalidades é a condição dada aos atletas. Enquanto no futebol masculino existe uma certa equiparidade de condições por cada divisão, no futebol feminino essa igualdade de condições infelizmente ainda não existe.
1 comentário
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