Reino Unido estuda proibir patrocínio de casas de apostas em uniformes
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Reino Unido estuda proibir patrocínio de casas de apostas em uniformes da Premier League
sex 01 out/21

Reino Unido estuda proibir patrocínio de casas de apostas em uniformes da Premier League


O Reino Unido, que atualmente passa por um processo de revisão da sua própria Lei de Jogos desde a chegada de Chris Philp, novo ministro responsável por essa pasta, estuda proibir que equipes de futebol estampem patrocínios de casas de apostas em seus uniformes na Premier League, pelo menos é isso que foi divulgado em um relatório da Sportsmail.

 

Segundo informações do site IGaming Brazil, essa revisão na Lei de Jogos deve promover inúmeras mudanças nos regulamentos de publicidade de jogos no Reino Unido. Contudo, essa possível proibição de patrocínio nos uniformes deve se restringir somente a Premier League, não afetando as ligas inferiores da Inglaterra. Essa restrição somente a liga principal ocorre pois até mesmo dentro do próprio governo existem pessoas que enxergam as possíveis mudanças como financeiramente muito ruins aos clubes menores.

Proibição é iminente

Ainda de acordo com o relatório da Sportsmail, uma fonte relatou que essa proibição é iminente. “Temos quase certeza de que haverá um fim na publicidade na frente da camisa. Todo mundo está esperando isso. Os legisladores querem mais, mas muitos políticos estão preocupados com as ligas inferiores. O governo acha que a frente da camisa vai ganhar as manchetes e vai parecer que tomou uma atitude ousada”, declarou a fonte ao Sportsmail.

Defesa da indústria de jogos

A intenção do Reino Unido de proibir o patrocínio de casas de apostas na Premier League não foi bem recebida pela indústria de jogos. A presidente do Conselho de Apostas e Jogos (BGC), Brigid Simmonds, em declaração recente, afirmou que a proibição é injusta, pois a indústria não pode ser a única responsável pelos problemas relacionados ao jogo.

Nos últimos 20 anos, a indústria tem sido a única financiadora de pesquisa, educação e tratamento de pessoas com problemas relacionados ao jogo, e só muito recentemente o Serviço Nacional de Saúde (NHS) chegou e decidiu que vai abrir centros para esse tipo de tratamento. Acho que eles montaram três centros e ainda há £ 200 milhões para eles montarem mais. Visitei um em Leeds e o que ficou absolutamente claro é que muitos dos que têm problemas com o jogo têm problemas noutras áreas e é isso que tem de ser incorporado para que possamos ajudar essas pessoas”, declarou Simmonds.

Impacto nos clubes

 Se a mudança fosse entrar em vigor hoje, nove clubes da Premier League seriam diretamente afetados, pois esse é o número de times que atualmente têm casas de apostas como patrocinadoras das suas camisas. Mesmo sendo a Premier League uma liga com muito potencial de atratividade em relação aos patrocinadores, existe um receio por parte dos clubes de que aconteça um impacto financeiro negativo muito grande também nos times maiores.

Ainda segundo informações do site IGaming Brazil, a revisão da Lei de Jogos do Reino Unido está nas mãos de Chris Philp. O novo ministro fez, durante a sua carreira política, por exemplo, diversas campanhas por uma regulamentação mais rigorosa das apostas na modalidade de odds fixas, o que pode ser um indício de que Chris, como ministro, deve colocar em prática algumas posições mais duras em relação à indústria dos jogos.

Retrocesso

O Reino Unido sempre foi uma referência para todos os outros países do mundo em relação a como lida com todas as temáticas envolvendo a indústria das apostas esportivas. Me estranha que justamente depois de tantos anos de avanço com relação a essas temáticas ainda tenhamos, em 2021, novas discussões acerca de patrocínios. Sem dúvida trata-se de um gigantesco retrocesso.

Me parece claro que a posição da presidente do BGC é muito coerente nessa discussão. A indústria das apostas e dos jogos não pode ser a única responsabilizada pelos problemas relacionados aos jogos no Reino Unido. Cabe ao governo agir para encontrar outras fórmulas de dar assistência aos necessitados sem apelar para proibições que, além de não resolver os problemas existentes, ainda podem causar outros.

 

Sérgio Ricardo Jr.

 

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