Nova Fairline – parte 2

E ai, galera…Beleza? Sem delongas, vamos à segunda parte da nova fairline.
Primeiramente, um introito. No texto anterior, falo bastante sobre a minha profissão de analista de desempenho e coloco as diferenças de uma profissão onde sou municiado todos os dias com informações dos mais variados profissionais e nas apostas. Estava navegando sem essa bússola de bastidores que, por mais que elas estivessem focadas num único atleta, o direcionamento que era dado a luta, independeria de como o lado adversário estivesse, a previsibilidade e a possibilidade de acerto, era e é incomparavelmente maior que nas apostas, onde lidamos apenas com vídeos de lutas antigas, sem informações de bastidores.
Também falei que, por mais que essa experiência me desse uma grande vantagem sobre os demais, pois sempre estive no game de grandes atletas, treinadores e empresários, esta visão, para as apostas, me trouxe uma fairline, desajustada. Não errada, mas o peso que dava as valências para gerar a precificação estavam com pesos descompensados, desalinhados. Com isso, no UFC 265, na luta de José Aldo, que previ à vitória e como ela viria, tive um “insight”, uma luz, como o filósofo Arquimedes.
Filosofando Arquimedes, José Aldo x Pedro Munhoz
O maior matemático da antiguidade, a quem Plutarco creditou uma inteligência bem acima do normal, somente é conhecida uma série de anedotas. A mais divulgada é aquela relatada por Vitrúvio e se refere ao método que utilizou para comprovar se existiu fraude na confecção de uma coroa de ouro pedida por Hierão II, tirano de Siracusa e protetor de Arquimedes, quem sabe, até seu parente. Ao tomar banho, Arquimedes percebeu que a água transbordava da banheira, na medida em que mergulhava nela. Esta observação lhe permitiu resolver a questão que lhe havia sido proposta pelo tirano.
Conta-se que ao descobrir como detectar se a coroa era ou não de ouro, tomado de tanta alegria, partiu correndo nu pelas ruas de Siracusa em direção à casa de Hierão gritando “Eureka!, Eureka!”, ou seja, descobri!, descobri! Essa foi a sensação ao assistir a vitória de José Aldo sobre Pedro Munhoz. Foi como um surto, por isso não parei um segundo a minha madrugada, parti para dentro da fairline e passei a alinhar, ajustar os valores, entre os quais destaquei 3: envergadura, força e técnica. Esses três pilares unidos ou somados servem para todas as lutas.
Envergadura
Como todos sabem, o que determina a envergadura é o cumprimento dos braços. É o que, com o auxílio da técnica, define o alcance das mãos do atleta e a distância, seja ela longa, média ou curta, em uma luta.
Técnica
No MMA podemos dizer que a técnica é o conjunto de métodos e processos próprios de uma luta, o que denota a maior e melhor destreza, habilidade, eficiência e precisão dos golpes de um adversário sobre o outro. Não importa em qual posição esteja, em pé, na grade ou no chão.
Força
É o que exerce certo poder sobre algo ou alguém; expressa autoridade; domínio. No MMA a força é definida pelo peso, massa corpórea, potencia dos golpes e resistência, de força (puxar e empurrar) ou isométrica (tensão resistida)
Essas três habilidades, valências, características unidas, na grande maioria das vezes, determinam a vitória de um atleta sobre o outro. Darei exemplo da luta entre Aldo x Munhoz.
Aldo x Munhoz
Como todos sabem, José Aldo desceu de categoria. Ele atuava no peso pena (66kg) e desceu para os galos (61kg) com um único objetivo de ganhar vantagem física sobre adversários, uma vez que no pena, estava chegando uma safra de atletas cada vez maiores e mais fortes fisicamente: Max Holloway, Conor Macgregor, são bons exemplos que trouxeram José Aldo para esta nova categoria.
Munhoz é um 61kg de origem, 1.68m de atura e 1.63 cm de envergadura enfrentou um Jose Aldo de 1.72m de altura e 1.78 cm de envergadura. Ou seja, a desproporção, só aí já era muito grande, a diferença de força, por conta da origem de ambos os atletas ( galo x pena) também era significativa, e isso foi visto claramente na luta, uma vez que Aldo batia menos, mas tinha muito mais impacto que Munhoz em seus golpes.
Tecnicamente, vimos dois patamares de lutadores. José Aldo foi um autêntico representante da nobre arte, com uma movimentação de pernas impecável e um jab digno de um “floretista”, haja vista que utilizou e foi bastante preciso durante toda a luta e conseguiu manter Munhoz distante durante toda a luta. Naquela luta tivemos a união perfeita da envergadura, força e a técnica x volume, que era o único recurso que Munhoz tinha a seu favor, insuficiente para vencer a luta.
Esse fator não serve apenas para o exemplo do Aldo, que ver?
- Valentina Shevchenco, embora não tenha altura e envergadura, sua força e sua técnica é superior a todas de sua categoria, em pé e no wrestling.
- Jon Jones nos meio pesados – trata-se da maior envergadura do UFC e de um dos atletas mais técnicos da história do esporte. Podiaa haver atletas mais fortes, mais nunca mais dominantes nos outros quesitos.
- Khabib – força e técnica. Inquestionável. Embora sua técnica de trocação não fosse de alto nível, seu grapling e sua força, aliada a técnica das entradas de quedas, eram os maiores do UFC. Khabib não era penas forte nas quedas, mas suas mãos e pernas eram muito fortes e pesados. Ele tinha uma força e uma técnica que ia muito além de sua categoria, por isso se manteve invicto durante toda a carreira.
E ai, concordam? Até a próxima semana.
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