Futebol italiano pede suspensão da proibição de patrocínios por casas de apostas
Os clubes italianos de futebol, por meio da Federação Italiana de Futebol (FIGC), estão solicitando o fim da proibição de publicidade e patrocínios por casas de apostas no país. O pedido é para que a proibição, implementada em janeiro de 2019 pelo Governo da Itália, seja temporariamente suspensa.
O grande motivo desse movimento no futebol italiano é que os clubes e a FIGC entendem que as publicidades e os patrocínios de casas de apostas aos times italianos podem ajudar as instituições esportivas a se recuperar das perdas geradas durante a pandemia de Covid-19.
Como resultado da proibição governamental, implementada em 1 de janeiro de 2019, diversos clubes italianos tiveram que driblar essas restrições, fechando acordos de patrocínio e publicidade com casas de apostas em outro país. É justamente pelo fim dessa proibição, que limita as ações dos clubes italianos dentro do próprio país, que a FIGC está protelando junto ao Governo da Itália a suspensão dessa decisão por pelo menos dois anos.
Grande adversário
O pedido da Federação Italiana e dos clubes deve esbarrar em um grande adversário. O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, não é um grande apoiador do segmento das apostas esportivas. Inclusive, ele tem pressionado cada vez mais a indústria de apostas e jogos do país. Com planos para reduzir o número de licenças de jogo de 85 para 50 até 2023 na Itália, fazê-lo mudar de ideia quanto a proibição de patrocínios por casas de apostas aos clubes deve ser uma missão árdua.
Um argumento utilizado pela FIGC na conversa com o Governo da Itália é que todos devem zelar pela integridade das instituições esportivas, grandes contribuintes governamentais. “Temos que agir com celeridade para evitar que a crise do futebol profissional obrigue os clubes a interromper a atividade. Isso afetaria todo o setor esportivo e o sistema nacional, com um indesejável decréscimo de contribuições fiscais diretas e indiretas”, contou Gabriele Gravina, presidente da FIGC, em entrevista ao site IGB Affiliate.
O apelo dos clubes e da Federação Italiana é para que a recuperação dos times aconteça em paralelo a reestabilização socioeconômica do país. “Não pedimos nada absurdo ao governo, mas reconhecemos a importância socioeconómica que o futebol tem através da adoção de algumas medidas urgentes para socorrer os clubes devido à crise gerada pela COVID-19. O futebol pode desempenhar um papel decisivo na recuperação geral da Itália”, declarou Gabriele Gravina.
Pedidos e propostas
A FIGC está brigando junto com os clubes italianos para que os acordos de publicidade e patrocínios com casas de apostas sejam permitidos pelo menos até 2023, o que representaria uma suspensão da proibição governamental por dois anos. Esse seria um período suficiente, segundo a FIGC, para que os clubes possam se recuperar das perdas causadas durante a pandemia.
Além da luta pelo fim da proibição, a Federação Italiana também propôs a criação de um Fundo ao Futebol, com a data de encerramento prevista para 30 de junho de 2023, mesmo período em que se encerraria a suspensão da proibição de publicidade e patrocínios. Esse fundo seria uma forma de captar cerca de 1% de todas as apostas esportivas online e presenciais feitas na Itália a FIGC, que utilizaria essa arrecadação para viabilizar financeiramente projetos de futebol em todo o país.
Movimento justo
A pandemia deixou um rastro de perdas e danos socioeconômicos que vão demorar a serem reparados. Não me parece justo que os clubes italianos sejam mais prejudicados ainda nesse momento. Por mais que eles tenham achado brechas, como os acordos feitos para veiculação de publicidade e patrocínios em mercados alternativos, os ganhos decorrentes desses acordos devem ser muito menores do que seriam caso essas ações pudessem ocorrer diretamente na Itália.
Considero como muito importante todo este movimento dos clubes e da Federação Italiana de Futebol. Por mais que já tenha ficado claro que existe um grande adversário aos jogos e apostas esportivas na Itália, o primeiro-ministro Mario Draghi, cabe às instituições futebolísticas do país irem à luta por seus interesses. É necessário dialogar, propor, discutir, pressionar e incomodar o Governo da Itália até fazê-lo entender que precisa ceder e unir-se ao movimento para melhorar a situação dos clubes italianos neste momento ainda tão delicado.
Sérgio Ricardo Jr.
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