Ótimo combate entre strikers na noite de ontem. Vimos o Hall de sempre, técnico, mãos pesadas, bom cardio, queixo duro, porém sem muita variação, seja na trocação (seu carro chefe), seja no grappling, que nunca foi seu forte.

Strikland é um lutador duro, com um boxe “estático”, de passada, porém justinho, muitas combinações com retos, utiliza o jab a vontade (o que é raríssimo no MMA) e sabe jogar para a “segurança”, quando a luta pede: utiliza bem o grapling, as quedas com entradas de gancho (kosotogake) e um ground and Pound que incomoda, pesado, pode levar a nocaute.

77kg ou 84kg

Strickland é oriundo do 77kg, categoria que não se adaptou. Tinha altura, envergadura – o que pode ser uma vantagem -, mas perdia força, consistência, o que acabou lhe rendendo derrotas (apara atletas tops) na divisão: Santiago Ponzinibbio, Kamaru Usman e Elizeu Capoeira. Derrotas que não mancham o cartel de ninguém.

No entanto, na categoria de cima (84kg), Sean vem de 5 vitorias consecutivas. Tudo bem que, Hall pode ser considerado seu primeiro confronto top, pois estava diante do 8 do ranking. E se saiu muito, muito bem. Dominou amplamente todos os rounds, nunca sequer chegou perto de ser ameaçado ou pressionado. Fez uma luta tática, técnica e buscou, até poderia, o nocaute em momentos chaves da luta. Como não foi efetivo, pontuou, não deixou de andar para frente o tempo todo e quando necessário, usava as quedas para garantir os rounds. A final, mais uma agravante, a seu favor. Era uma luta de 5 rounds e o main event, tenha imaginar a pressão sobre seus ombros?

Strickland TOP 5?

Strikland lutou como um “veterano”, não sentiu a pressão e mostrou que chegou na categoria para fazer barulho e quem sabe, incomodar o “andar de cima”?

A frente dele temos: Darren Till, Jack Hermansson, Marvin Vettori, Jared Cannonier, Borrachinha, Whitakker e Adesanya. Digamos que entre estes, somente o top 3 (na minha visão) são lutadores a frente em técnica e poder de nocaute. No mais, Strikland está no bolo e chega forte para brigar pelo top 5.

Ai, meus amigos… No “bolo”, tudo pode acontecer. É o MMA, basta um dia muito bom ou muito ruim para tudo acontecer.

UFC 256

Semana estrelada de Ciryl Gane x Lewis como luta da noite. Vai ser um verdadeiro show para quem quer apostar, uma série de lutas equilibradas e com + EV, falarei sobre isso na próxima quinta feira. Neste evento gostaria de dar destaque para 3 atletas: José Aldo, Vicente Luque e Ciryl Gane.

José Aldo

O nosso “campeão do povo” busca confirmar sua recuperação no UFC diante de mais uma pedreira, Pedro Munhoz, que também busca firmar seqüência positiva na organização. São dois strikers completos, ótimas odds para pick (que deverei enviar durante a semana).

Munhoz

Aldo e Munhoz buscam a luta  tempo todo, ambos vem de vitória depois de encarar uma sequência negativa. Aldo vem de importante vitória diante de Marlon Vera, depois de encarar uma sequencia de três derrotas consecutivas: Alexander Volkanovski, Marlon Moraes e Peter Yan, nada mais nada menos que dois top contenders e um desafiante ao título, não podemos dizer que Aldo está numa descendente, pois só pegou pedreira brabíssima. Munhoz não fica para traz, venceu em sua ultima luta Jimmie Rivera, interrompendo uma sequência de duas derrotas para Frankie Edgar e Aljmain Sterling, atual campeão da categoria.

Essa luta é uma excelente aposta para Over/ Under, hein?

Em breve pick!

Vicente Luque

Mais um craque vai entrar na jaula e pegar um grappler de excelência Michael Chiesa. Luque é um striker com um jiu jitsu apurado e mãos pesadíssimas: 11 x 0. Vem de 2 KOs e uma finalização sobre: Niko Price, Randy Brown e Tyron Woodley, respectivamente.

Luque é muito resistente a pancada e um excelente nível de chão, a questão toda é se o desgaste causado por Chiesa que buscará as quedas a todo instante afetará seu jogo. Chiesa vem de vitórias sobre: Diego Sanchez, Rafael dos Anjos e Neil Magny, todas por pontos.

Chiesa

Podemos dizer que Chiesa possui o grappling como carro chefe, 11×3 e o gás, sendo esse seu ponto que poderá desequilibrar o jogo de Luque. Em contra partida, não possui nenhum nocaute na carreira e um contra: Joe Lauzon em 2014.

Separa a pipoca, que será um Xadrez para ninguém botar defeito!

Cyril Gane

E ai, pinta de campeão? Olha… Ele possui valências que o favorecem e muito: altura, envergadura, peso e completo em todas as áreas, como striker, grappler e por pontos, independente se for 3R ou 5R.

Gane não tem um jogo “vistoso”, ele é um atleta cirúrgico, não arrisca, vence onde normalmente seus adversários fraquejam.

Ngannou

Saiu um sparring, “light” com o Ngannou onde se via claramente superioridade em seu jogo, digamos, num confronto de estilos, mesmo sendo uma “sombrinha entre gigantes”.

Derrick Lewis

Derrick Lewis é um atleta limitado, mas inteligente, muito inteligente. O nocaute desferido na entrada de quedas de Blayde, um Upper “seco”, preciso, diz muito como essa luta poderá se desenrolar.

E ai, nocaute? Pontos? Submissão?

Certeza de Over e Under.

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