O zagueiro Kike Salas, de 22 anos, jogador do Sevilla, foi detido e está sob investigação na Espanha por suspeita de manipular jogos ao forçar cartões amarelos. A denúncia aponta que Salas teria cometido as infrações de propósito para beneficiar pessoas próximas em apostas esportivas. O caso está sendo apurado pelo Tribunal de Morón, em Sevilha, com apoio da polícia especializada no combate às apostas ilegais.

De acordo com informações do jornal El Confidencial, reproduzidas pelo jornal O Globo, o jogador teria combinado com amigos, alguns com apenas 18 anos, que receberia cartões amarelos em jogos da La Liga, com a intenção de que os amigos fizessem apostas e lucrassem com isso. Ainda não se descarta a participação de outras pessoas no esquema.

A suspeita recai especialmente sobre a reta final da temporada passada, quando o Sevilla já não disputava posições importantes na tabela. Salas recebeu 10 cartões amarelos na temporada, sendo sete nas últimas oito partidas em que esteve em campo. Muitos desses cartões foram aplicados nos minutos finais dos jogos, após ações consideradas duvidosas.

Kike Salas já prestou depoimento às autoridades e foi liberado para continuar treinando com o elenco. O atleta, que se tornou uma peça-chave do time sob o comando de García Pimienta, renovou recentemente seu contrato com o Sevilla até 2029. O caso lembra o ocorrido com Lucas Paquetá, do West Ham, também acusado de manipular cartões amarelos em partidas entre 2022 e 2023.

No episódio envolvendo o brasileiro, cerca de 60 pessoas teriam apostado que ele seria advertido pelos árbitros, levantando questionamentos sobre o impacto das apostas esportivas no futebol. Caso a culpa de Kike Salas seja comprovada, ele pode enfrentar uma pena por fraude, que varia entre seis meses e três anos de prisão. Enquanto isso, a polícia segue reunindo provas e depoimentos para reforçar a investigação e prevenir novos casos de manipulação.

Cautela e respeito ao processo

Quando surge uma notícia como essa envolvendo o zagueiro Kike Salas, é inevitável que ela cause um rebuliço, especialmente em um universo tão sensível quanto o das apostas esportivas. Aqui, na Casa do Apostador, já discutimos várias vezes como situações assim exigem cautela, empatia e, acima de tudo, respeito ao devido processo legal.

É importante lembrar que todos têm direito ao benefício da dúvida até que os fatos sejam apurados. Não é nosso papel julgar, investigar ou, pior ainda, apontar o dedo antes de termos uma conclusão baseada em provas sólidas e apuração das autoridades competentes. Isso não significa ignorar a gravidade das acusações, mas sim reconhecer que o futebol — e a vida em geral — já nos trouxe muitas histórias onde a pressa em emitir julgamentos causou danos irreversíveis.