Uma recente pesquisa conduzida pela Ireland Thinks, em nome da Lottoland, revelou que a maioria esmagadora da população na Irlanda é a favor da liberdade individual para apostar de maneira responsável. No momento em que o projeto de lei de regulamentação dos jogos e apostas do governo irlandês atinge a fase final do processo legislativo, dados indicam que três quartos dos entrevistados pela pesquisa se opõem à proibição total de apostas no país.

De acordo com os resultados, 64% dos participantes acreditam que as pessoas devem ter a liberdade de apostar de maneira responsável, indicando uma postura favorável à autonomia do indivíduo nesse aspecto. No entanto, uma observação interessante é que, entre aqueles que atualmente se dedicam às apostas, 19% expressaram a intenção de buscar métodos alternativos caso as restrições às apostas sejam implementadas na Irlanda.

A pesquisa, divulgada pelo site SBC News, também reflete uma tendência identificada em uma análise recente da PWC, que revelou um aumento significativo no mercado não regulamentado de apostas em países como Reino Unido, França, Itália, Espanha, Dinamarca, Noruega e Suécia, com um crescimento estimado entre 20% a 66%. Neste contexto de mudança regulatória na Irlanda, marcada pela apresentação do projeto de lei sobre regulamentação das apostas, a Lottoland tem expressado o seu compromisso em contribuir para o desenvolvimento de uma estrutura legislativa abrangente para o setor de jogos, apostas e loterias no país.

“Reconhecemos os objetivos abrangentes do projeto de lei para regular nosso setor pela primeira vez e estabelecer uma supervisão regulatória robusta e responsabilidade na Autoridade Reguladora de Jogos de Azar da Irlanda (GRAI), mas também acreditamos que o que está definido na legislação agora será vital para garantir uma estrutura eficaz, ágil e sustentável a longo prazo”, comentou Mike Kirwan, vice-presidente da Lottoland.

Alicerce sólido 

Em meio ao debate sobre a regulamentação das apostas na Irlanda, a recente pesquisa realizada pela Ireland Thinks destaca um ponto crucial: a preferência da maioria pela liberdade de escolha em relação às apostas, algo que emerge como um alicerce sólido para as pretensões regulatórias do setor. A constatação de que 64% dos entrevistados acreditam na liberdade individual para decidir sobre suas atividades de apostas reflete a confiança da sociedade em sua própria educação.

Essa inclinação não apenas ressalta o valor atribuído à autonomia pessoal, mas também sugere que a população irlandesa enxerga na liberdade um caminho mais eficaz do que a proibição total, algo que normalmente não é muito comum em outras regiões. A resistência à proibição total de apostas, evidenciada pelos três quartos dos entrevistados, aponta para uma compreensão mais profunda da complexidade do problema.

Em uma era em que as proibições frequentemente alimentam mercados ilegais, a preferência pela liberdade de escolha surge como uma abordagem realista e alinhada às necessidades da sociedade moderna, assim como oferece uma base sólida para o desenvolvimento de políticas que equilibram a autonomia individual com a responsabilidade social. Por mais que as pessoas queiram o direito de escolher, sabemos que nem sempre todos estão aptos a isso, por isso nunca é correto deixar de olhar para um tema delicado como os jogos e apostas sem ter planos de conter possíveis problemas com ações sociais fortes e bem estruturadas.

Escrito por Sérgio Ricardo Jr