O Palmeiras finalmente finalizou o contrato de patrocínio máster com a casa de apostas Sportingbet, que passa a vigorar em 2025 e substitui a Crefisa no espaço mais importante da camisa alviverde. A parceria, firmada na madrugada da terça-feira de Natal (24), terá inicialmente a validade de três anos e a possibilidade de prorrogação por mais um.

O acordo estabelece um pagamento fixo de R$ 100 milhões por temporada, com a chance de bônus atrelados ao desempenho esportivo. Caso metas específicas sejam alcançadas, o valor total pode chegar a cerca de R$ 170 milhões anuais. O lançamento oficial da parceria está previsto para ocorrer junto à apresentação do novo uniforme do clube no próximo ano.

Diferentemente do contrato com a Crefisa e a FAM, que apoiaram o Palmeiras nos últimos dez anos, o novo vínculo com a Sportingbet traz inovações. Ele prevê reajustes com base na inflação brasileira ao longo de sua vigência e contempla tanto o time masculino quanto o feminino. Atualmente, a Crefisa e a FAM pagam ao clube R$ 81 milhões fixos por ano, com bônus que podem elevar esse valor para até R$ 120 milhões. Com a saída das empresas de Leila Pereira, o Palmeiras busca consolidar a Sportingbet como parceira estratégica, mirando uma arrecadação recorde.

Cumpriu

A saída da Crefisa e da FAM do patrocínio máster do Palmeiras, mesmo após a reeleição de Leila Pereira, presidente do clube e dona das empresas, é um movimento que mostra a palavra da dirigente. Desde que Leila anunciou que suas marcas deixariam o espaço mais nobre da camisa alviverde, houve quem sugerisse que se tratava de uma estratégia política, um “blefe” para pressionar a oposição ou fortalecer sua gestão. No entanto, o acordo fechado com a Sportingbet, que oferece cifras ainda mais expressivas ao clube, prova que as palavras da mandatária eram genuínas e baseadas em uma visão estratégica.

Ao abrir mão de sua relação empresarial direta com o clube, Leila reafirma sua confiança no potencial de mercado da marca Palmeiras. Sua postura demonstra que ela acredita na força comercial da camisa alviverde, capaz de atrair contratos ainda mais vantajosos para o clube. E foi exatamente o que aconteceu: os R$ 100 milhões fixos por temporada, aliados aos possíveis bônus por metas esportivas, colocam o Palmeiras em um patamar superior ao da parceria anterior.

Essa transição é simbólica. Ela confirma que o Palmeiras construiu uma reputação que ultrapassa a dependência de patrocinadores ligados à presidência, algo que poderia ser interpretado como fragilidade institucional. Ao contrário, o clube mostra maturidade ao fechar contratos que não apenas igualam, mas superam os valores anteriores, com condições mais ajustadas às demandas do mercado, como cláusulas de reajuste inflacionário e inclusão do time feminino.

Esse movimento é uma vitória coletiva: do clube, que comprova sua força no mercado; da gestão de Leila, que cumpre sua promessa sem prejuízos financeiros; e da torcida, que vê o Palmeiras caminhar em direção à autossuficiência e a uma gestão mais profissional. O próximo capítulo será avaliar como o clube utilizará essa receita recorde para sustentar sua competitividade esportiva.