Na CPI das Apostas Esportivas, CBF explica como monitora jogos no Brasil - Casa do Apostador
Casa do Apostador Carregando...
Na CPI das Apostas Esportivas, CBF explica como monitora jogos no Brasil
qua 01 maio/24

Na CPI das Apostas Esportivas, CBF explica como monitora jogos no Brasil


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado dedicada ao combate à manipulação de resultados no futebol brasileiro ouviu na última segunda-feira, 29 de abril, testemunhos importantes sobre como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) monitora os jogos do futebol brasileiro. Júlio Avellar, diretor de competições da CBF, informou que 264 partidas foram consideradas suspeitas de manipulação entre os anos de 2022 e 2024. A declaração ocorreu durante depoimento à CPI.

O diretor explicou que, desde abril de 2022, quando assumiu seu cargo, foram tomadas várias medidas para combater a manipulação de resultados. A CBF, em parceria com a empresa Sportradar, líder global em tecnologia esportiva, identificou que apenas 31 das partidas suspeitas ocorreram em campeonatos oficiais da confederação. As demais estão relacionadas a competições estaduais, incluindo categorias de base e o futebol feminino.

Para enfrentar essas ameaças de manipulação, a CBF aumentou significativamente o monitoramento dos jogos. Após a renovação do contrato com a Sportradar, o número de partidas monitoradas saltou de 1.224 para 5.226 em 2024, de acordo com Avellar. Os casos identificados foram encaminhados para órgãos competentes, como a Polícia Federal, o Ministério Público, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) e a comissão de ética da própria CBF.

No entanto, mesmo concedendo informações relevantes, Avellar não especificou se todos os resultados dessas partidas foram manipulados ou se a interferência se deu em eventos menores durante os jogos, como a aplicação de cartões amarelos ou cobranças de faltas. Eduardo Gussem, oficial de Integridade da CBF, enfatizou a necessidade de aderir à Convenção de Macolin, um acordo internacional para combater a manipulação de competições esportivas. Ele destacou que a adesão a essa convenção forneceria ao Brasil ferramentas mais eficazes para detecção, investigação e processamento de casos de manipulação.

A CPI do Senado, instalada em 10 de abril, tem como objetivo investigar denúncias de fraude envolvendo jogadores, dirigentes esportivos e empresas de apostas. A comissão conta com 180 dias para concluir os trabalhos, podendo ser prorrogada por mais 90 dias. Após esse período, um relatório será elaborado com as conclusões da CPI, que poderá ser encaminhado ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União para tomada de medidas legais.

A comissão é composta por 11 membros titulares e 7 suplentes, com o senador Romário (PL-RJ) como relator, Jorge Kajuru (PSB-GO) como presidente e Eduardo Girão (Novo-CE) como vice-presidente. Os próximos depoimentos na CPI incluem figuras proeminentes do futebol brasileiro, como ex-árbitros, dirigentes da CBF e presidentes de clubes. Esses depoimentos visam aprofundar a investigação sobre manipulação no futebol brasileiro.

Informações públicas

 A notícia de que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) identificou 264 partidas suspeitas de manipulação entre 2022 e 2024 mostra a importância de manter uma abordagem séria e tecnológica para monitorar as competições esportivas. O uso da empresa Sportradar para rastrear e detectar sinais de irregularidades demonstra que a CBF reconhece a gravidade do problema e está comprometida em combater a fraude.

Essa abertura sobre as práticas de monitoramento é fundamental para a transparência e credibilidade do futebol brasileiro. Essas informações precisam ser públicas. Os torcedores, clubes e demais envolvidos no esporte precisam ter confiança de que os jogos estão sendo realizados de maneira justa e honesta. A comunicação clara sobre como o monitoramento é realizado, quais empresas estão envolvidas e quais tecnologias estão sendo aplicadas é um passo crucial para fortalecer essa confiança.

A renovação do contrato com a Sportradar, que ampliou significativamente o número de partidas monitoradas, é uma iniciativa positiva. O fato de ter aumentado de 1.224 para 5.226 partidas monitoradas até 2024 mostra que a CBF está levando a sério a necessidade de acompanhar cada vez mais de perto as competições. Isso não apenas ajuda a identificar possíveis casos de manipulação, mas também age como um fator dissuasor para aqueles que tentam corromper o esporte.

A busca por transparência não deve ser um processo isolado. A adesão à Convenção de Macolin, mencionada por Eduardo Gussem, oficial de Integridade da CBF, seria um passo importante para padronizar a luta contra a manipulação de resultados, fornecendo ferramentas eficazes para detecção e investigação. A colaboração internacional ajuda a compartilhar conhecimentos e tecnologias, aprimorando as práticas de monitoramento. No atual cenário brasileiro, todo investimento é relevante, principalmente em conhecimento e tecnologias.

 

Escrito por Sérgio Ricardo Jr.

Deixe seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News.
vip

Inscreva-se gratuitamente e receba conteúdo profissional e esclusivo por e-mail!