Manipulação no Futebol: Jornal Questiona Credibilidade
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Jornal questiona credibilidade do futebol brasileiro após casos de manipulação
qua 26 abr/23

Jornal questiona credibilidade do futebol brasileiro após casos de manipulação


As manipulações de resultados no futebol brasileiro, denunciadas pelo Ministério Público de Goiás, que comanda a operação Penalidade Máxima, têm causado diversas reflexões sobre o momento do esporte no Brasil. Nesta semana, diante dos fatos, o jornal O Globo publicou um editorial questionando a credibilidade do futebol brasileiro após tantos escândalos. As autoridades brasileiras têm se dedicado bastante às investigações dos casos que envolvem jogadores e apostas esportivas. Neste processo, já foram encontrados diversos indícios de que houve manipulação de resultados em partidas de muitos campeonatos no país, incluindo a Série A e a Série B do Campeonato Brasileiro.

O tom do editorial foi alarmista e, além de reunir alguns dados contextualizadores, apoiou-se em reflexões sobre o presente e o futuro do futebol brasileiro diante de tantos indícios de manipulação de resultados. É sempre bom relembrar que um texto editorial, para quem não sabe, se trata de um artigo que apresenta a opinião de um grupo ou empresa sobre uma determinada questão. Neste caso, por pertencer ao Grupo Globo, o editorial do jornal O Globo significa um questionamento de toda a comunicação do Grupo Globo ao momento conturbado que vive o esporte brasileiro diante de tantos casos de manipulação de resultados envolvendo apostas esportivas.

Confira abaixo, na íntegra, o editorial do jornal O Globo publicado nesta semana:

Manipulação de resultados põe em xeque credibilidade do futebol

É preocupante a constatação de que o esquema de manipulação de resultados em partidas de futebol para favorecer quadrilhas de apostadores é maior do que se pensava. Investigações do Ministério Público (MP) de Goiás revelaram que, além da Série B, a fraude atinge também a Série A – que reúne a elite dos times brasileiros – e campeonatos regionais de pelo menos cinco estados.

A máfia das apostas começou a ser desarticulada depois de uma denúncia do Vila Nova que deu origem à Operação Penalidade Máxima. A farsa só foi descoberta porque o plano não deu certo e vazou. Em fevereiro deste ano, a Justiça de Goiás aceitou a denúncia do MP contra 14 acusados – oito jogadores da Série B e seis integrantes do núcleo de apostadores.

Na última terça-feira, o MP goiano deflagrou a Operação Penalidade Máxima II, cumprindo 20 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva em seis estados. As investigações mostraram que a quadrilha aliciava atletas também na Série A, oferecendo-lhes entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que cumprissem ações como forçar punições com cartões amarelos e vermelhos ou cometer pênaltis. Os fraudadores lucravam ao apostar nesses cenários em sites.

Estão sob suspeita pelo menos seis partidas da Série A entre 10 de setembro e 10 de novembro do ano passado, reta final do Brasileirão. Um atleta já confessou ter participado do esquema fraudulento no jogo entre Juventude e Palmeiras.

Cenário previsível diante da multiplicação dos sites de apostas, a manipulação de resultados para favorecer fraudadores desafia federações e clubes no mundo inteiro, apesar das estratégias de vigilância adotadas. A agência de monitoramento contratada pela CBF identificou no ano passado 139 jogos com movimentações atípicas em casas de apostas, 56% acima do anterior. Neste ano, 23 já despertaram suspeita.

A varredura precisa ser feita sistematicamente, de modo a identificar indícios de fraudes, e os casos suspeitos devem ser encaminhados à polícia e ao MP para que sejam investigados. É fundamental adotar fora de campo o mesmo rigor imposto pelos árbitros dentro das quatro linhas. Só a aplicação da lei desencorajará os criminosos, sejam eles empresários, apostadores, aliciadores ou atletas.

Manipular resultados é fato grave. Não afeta apenas o jogo sob suspeita, mas todo o torneio, uma vez que a fraude pode ter reflexo na pontuação e, consequentemente, na classificação do campeonato. Em competições acirradas, como as Séries A e B do Brasileirão, qualquer ponto perdido pode selar o destino de um clube.

Num momento em que as apostas proliferam, federações, clubes, atletas, empresas e todos os envolvidos com o universo do futebol estão diante de um problema que precisa ser enfrentado. Não se pode compactuar com nenhuma fraude. Não apenas porque times podem ser prejudicados, mas porque o torcedor, que paga pelo espetáculo, não merece ser ludibriado. A credibilidade do futebol está em jogo.

Fonte: editorial, jornal O Globo

Reflexão estendida

O editorial do jornal O Globo é composto por um discurso genérico. Porém, se trata de uma linha de raciocínio que pode ser considerada, no mínimo, necessária. As palavras escritas pelo jornal são como uma reflexão estendida daquilo que estamos dizendo quase todos os dias aqui na Casa do Apostador. Nada do que foi dito pelo jornal está errado, e nem é novo, muito pelo contrário. É necessário colocar uma luz sobre o futebol brasileiro e debater o início do rompimento de uma relação fundamental com a credibilidade.

O que move os esportes é o público. Sem ele, não existe nada. Sem torcedor, um clube não tem sentido. Sem telespectador, uma transmissão esportiva não é viável. Sem ouvinte, um jogo no rádio se torna apenas um amontoado de palavras jogadas ao vento. Sem um “internauta”, os pomposos streamings se tornam nada. O público precisa existir no esporte. Sem ele, não nos resta pedra sobre pedra. E como conservar o público interessado em um esporte sem credibilidade?

É lógico que todas as reflexões sobre os casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro tem um ar de alarmismo exagerado. As pessoas estão assustadas. E gente assustada reage de forma alarmista. Até pouco tempo atrás, manipulações como essas que estão sendo denunciadas e investigadas pareciam inviáveis. A situação é preocupante, mas não creio que a credibilidade do futebol brasileiro como um todo esteja em risco, pelo menos não por enquanto. Contudo, não podemos baixar a guarda diante das organizações criminosas que já estão infiltradas nele. Elas são fortes, articuladas e, se não forem contidas, serão muitas.

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Escrito por Sérgio Ricardo Jr

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