Manipulação de Resultados na Série A do Brasileirão
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<strong>Investigação aponta esquema de manipulação de resultados na Série A do Brasileirão</strong>
qui 20 abr/23

Investigação aponta esquema de manipulação de resultados na Série A do Brasileirão


O Ministério Público de Goiás avançou para uma segunda fase da Operação Penalidade Máxima, que investiga diversos indícios de manipulação de resultados no futebol brasileiro. Desencadeada no final do ano passado, a operação policial investiga a participação de diversos atletas e apostadores em um esquema de troca de favores envolvendo apostas esportivas. Em um primeiro momento, os indícios de manipulação estavam restritos a campeonatos estaduais e a Série B do Brasileirão 2022. Nesta semana, no entanto, a operação revelou que alguns jogos da última edição da Série A do Campeonato Brasileiro também estão sob suspeita.

Na manhã da última terça-feira, 18 de abril, o Ministério Público de Goiás, em parceria com autoridades de outros estados, realizou uma operação para cumprir três mandados de prisão preventiva e mais 20 mandados de busca e apreensão contra jogadores, apostadores e intermediários envolvidos no esquema de manipulação de resultados nos campeonatos estaduais e na Séries A e B do Campeonato Brasileiro. A operação aconteceu simultaneamente em seis estados e 16 cidades do Brasil.

Entre os investigados, nove são jogadores de futebol do alto escalão do futebol nacional. De acordo com informações divulgadas pela imprensa, o zagueiro Victor Ramos (Chapecoense) e os laterais-esquerdos Igor Cariús (Sport) e Moraes (Atlético-GO) estão entre os alvos da operação. Além deles, o meia Gabriel Tota (Juventude/Ypiranga) e o zagueiro Kevin Lomónaco (Bragantino) também tiveram mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça nesta segunda fase da operação.

Detalhes da operação

A operação do Ministério Público de Goiás foi executada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), que apuram suspeitas de que um grupo de criminosos tenha concretamente atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Brasileirão de 2022, além de outras 5 partidas de Campeonatos Estaduais. Entre os regionais sob suspeita, estão jogos dos campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, todos deste ano.

Na primeira parte da Operação Penalidade Máxima, revelada em fevereiro deste ano, o Ministério Público de Goiás apontou irregularidades na última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. As partidas entre Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina, segundo a polícia, foram comprometidas por criminosos, que aliciaram jogadores dessas equipes em troca de favores que os beneficiassem em casas de apostas. A principal ação pedida pelos criminosos aos jogadores envolvia o ato de cometer um pênalti ainda no primeiro tempo dos confrontos.

De acordo com informações coletadas na investigação, o grupo de criminosos atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil aos atletas para que eles cometessem eventos determinados nos jogos. Entre a pedida de favores, estão ações como receber cartão amarelo, cartão vermelho, cometer pênaltis, além de assegurar um número específico de escanteios durante a partida, além de garantir um placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo.

Sigam cavando

Em fevereiro do ano passado, quando estourou um escândalo de manipulação de resultados no Campeonato Cearense, envolvendo presidentes de clubes, apostadores e jogadores de futebol, este que vos escreve comentou aqui mesmo na Casa do Apostador sobre a necessidade de cavarmos ainda mais o inóspito submundo do futebol brasileiro. Como previsto, estávamos apenas diante da ponta de um colossal iceberg de irregularidades.

“Não estou aqui para apontar culpados, muito menos para julgar clubes ou pessoas, o que tenho para dizer é que esse talvez seja apenas o começo de outras grandes investigações que precisam ser feitas no futebol brasileiro. É preciso cavar mais e estar sempre de olho em tudo que acontece no nosso país em relação aos jogos de futebol e outros esportes. O buraco me parece profundo e muitas coisas ainda estão passando despercebidas. Infelizmente, a rede de criminosos que atua no Brasil me parece ser muito grande e muito forte, visto os inúmeros casos suspeitos registrados em diversas regiões do país nos últimos tempos, como Rio de Janeiro, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e agora Ceará. Combater essa máquina de corrupção é a única opção que temos”, escrevi na época.

A minha posição segue sendo igual. Essa investigação ainda não acabou e certamente há muitas pessoas com as calças na mão neste momento. Não existe outra forma de desmantelar quadrilhas e grupos criminosos a não ser por meio de denúncias e investigações. O constrangimento público aos jogadores investigados é importante, principalmente porque isso interfere no prosseguimento da carreira e pesa no comportamento de outros atletas que venham a ser procurados. A sensação de impunidade não pode reinar, visto que ela vinha sendo o maior combustível para esquemas como esse. Sigo não estando aqui para culpar ou acusar ninguém de nada, pois esse é um papel exclusivo das autoridades judiciais brasileiras e todo mundo é inocente até que se prove o contrário.

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Escrito por Sérgio Ricardo Jr

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