Manipulação de Resultados: O que Aconteceu nos Jogos?
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Órgãos internacionais não identificaram manipulação de resultados na fase de grupos da Copa
sex 09 dez/22

Órgãos internacionais não identificaram manipulação de resultados na fase de grupos da Copa


A Federação Internacional de Futebol Associação (FIFA), maior entidade organizadora do futebol, montou uma força-tarefa junto aos principais órgãos de monitoramento esportivo do mundo para fiscalizar todos os jogos da Copa do Mundo deste ano, que está acontecendo neste momento no Catar. E a primeira etapa desta grande ação coletiva terminou de forma positiva. Nenhuma possível manipulação de resultados foi captada pelas empresas.

Nos últimos meses, com a expansão do crime organizado envolvendo apostas esportivas, a FIFA se associou a diversos órgãos internacionais de monitoramento de apostas e jogos de futebol a fim de evitar que casos assim aconteçam na Copa do Mundo. A chamada força-tarefa da FIFA examinou, com sucesso, os mercados de apostas e as ações dos jogadores/apostadores nos 56 jogos iniciais da competição, referentes à fase de grupos da Copa, e não identificou atividades suspeitas ou ameaças de manipulação de resultados.

Com a finalização da primeira fase da Copa, vista como a parte da competição potencialmente mais perigosa por parte dos órgãos internacionais, principalmente por envolver uma quantidade muito grande de seleções e jogos envolvendo equipes eliminadas, a força-tarefa da FIFA vai seguir realizando exatamente a mesma fiscalização em todas as demais partidas do mata-mata da competição, incluindo a finalíssima da Copa do Mundo do Catar, que acontece no estádio Lusail, dia 18 de dezembro.

Quem está fiscalizando a Copa do Mundo?

De acordo com informações do site Games Magazine Brasil (GMB), a força-tarefa da FIFA para efetuar o monitoramento da Copa do Mundo é muito ampla, e conta com diversos órgãos internacionais, tais como o Comitê de Operações de Segurança e Proteção do Qatar (SSOC), que montou um centro de coordenação internacional específico para a Copa do Mundo, alguns especialistas do Conselho da Europa e o Grupo de Copenhague, a Interpol, a Sportradar, a United Lotteries for Integrity in Sports (anteriormente GLMS) e a International Betting Integrity Association.

Ainda segundo as informações do GMB, além dessas outras instituições, fazem parte da força-tarefa o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, com o qual a FIFA assinou um acordo de cooperação em 2020, assim como o Federal Bureau of Investigation (FBI), principal serviço policial e investigativo dos EUA, que se juntou ao grupo para contribuir com a sua experiência e conhecimento, algo que ocorre também como uma preparação para a Copa do Mundo da FIFA de 2026, que acontece no país americano de forma compartilhada com Canadá e México.

Central de informações

A forma encontrada pela FIFA para centralizar a coleta de informações e relatórios de monitoramento sobre os jogos foi montar uma central de informações, que reúne todos os dados coletados por essas empresas sobre os jogos da Copa do Mundo. A atenção maior do monitoramento, claro, está sendo dada aos setores de apostas esportivas, considerados a maior ameaça à integridade do evento.

Portanto, nesta central de informações, as empresas que fazem parte da força-tarefa da FIFA compartilham toda a base informativa sobre as atividades do mercado de apostas da Copa do Mundo, assim como dados referentes a consultas jurídicas, policiais e relatos suspeitos identificados durante a vigilância física em locais de competição. Qualquer tipo de comportamento duvidoso, ou denúncia, está sendo analisado e investigado por esses órgãos, que cooperam entre si para assegurar a integridade da Copa do Mundo.

Modelo de sucesso e os interesses da FIFA

Todos os esforços realizados pela FIFA para manter a integridade esportiva da Copa do Mundo são louváveis. É realmente muito necessário estar vigilante e não abrir nenhum tipo de brecha para que os criminosos manchem ainda mais a história da Copa do Mundo que, como sabemos, já não é tão limpa assim. Diversos episódios esquisitos e bastante questionáveis já aconteceram em mundiais passados, por isso que é realmente importante lutar para que isso não se repita.

Contudo, como sempre alerto aqui na Casa do Apostador em todas as matérias envolvendo monitoramento de competições, não adianta muito utilizar esses modelos de força-tarefa e grande cooperação multi-empresarial apenas em eventos especiais, como a Champions League e a Copa do Mundo. O verdadeiro problema não está nessas competições. O foco dos grandes esquemas de manipulação de resultados, que ameaçam constantemente a integridade esportiva, está nas competições menores.

É utópico pensar que a FIFA possa aplicar esse modelo de sucesso, desenvolvido para monitorar os jogos da Copa do Mundo, em larga escala, visando limpar verdadeiramente o futebol mundial das ameaças atuais. Primeiro, porque não deve ser nada barato. Segundo, porque a FIFA já deu inúmeros sinais ao longo dos anos que não está nem aí para nada que não seja rentável para a instituição. Infelizmente, essa é a realidade do futebol internacional e, por mais que a gente consiga ver alguns esforços sendo feitos por federações regionais para conter a onda de crescimento dos jogos manipulados, enquanto isso não for uma real ameaça aos interesses da FIFA, pouca coisa deve mudar…

Escrito por Sérgio Ricardo Jr

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