Os eSports são um fenômeno mundial. Muito forte entre a comunidade jovem, os esportes eletrônicos são um sucesso de público e engajamento entre os fãs. Entretanto, apesar do sucesso, nem tudo são flores nessa indústria. De acordo com informações divulgadas recentemente pela imprensa especializada na área, algumas organizações estão encontrando dificuldades para financiar os seus atuais projetos e sustentar os seus times de eSports. Essas dificuldades, portanto, acabaram estreitando a relação dos eSports com as casas de apostas, que tem investido financeiramente na modalidade.

No Brasil, as parcerias de casas de apostas com times de eSports estão cada vez mais comuns. O número de organizações do segmento competitivo patrocinadas por empresas da área cresceu bastante nos últimos anos, movimento que acompanha uma tendência do futebol e de outros esportes. Organizações brasileiras como Imperial, Fluxo, Fúria, RED Canids, Los Grandes e Loud atualmente recebem patrocínio de casas de apostas.

“Casas de apostas esportivas estão muito presentes no esporte brasileiro e global. Se olharmos para o futebol, em um jogo de Série A ou B, iremos constatar a presença de cinco ou mais casas, seja na camisa dos clubes, na transmissão ou na placa de estádios. A presença dos bookmakers no eSports também é uma realidade há bastante tempo. Praticamente todos os maiores times nacionais e os principais do mundo contam com um patrocinador do segmento”, analisou Bruno Silveira, sócio e vice-presidente da Imperial.

Portas abrindo

Apesar de serem bem recebidas por algumas desenvolvedoras de jogos e estarem presentes como patrocinadores de inúmeras organizações de eSports, nem todas as portas estão abertas para as casas de apostas no cenário global dos eSports. Empresas como a Riot Games, proprietária de jogos como League of Legends (LOL) e Valorant, proíbem qualquer atleta ou equipe de divulgar empresas da indústria das apostas em seus uniformes.

Contudo, essas proibições da Riot podem estar com os dias contados. De acordo com informações do jornalista George Geddes, divulgadas no site Dot Esports, a empresa estuda alterar as suas políticas proibitivas em relação aos sites de apostas. As alterações atendem aos pedidos de algumas organizações, que enfrentam dificuldades para custear financeiramente os seus projetos.

Parceiros

É interessante notar como os eSports têm aberto as portas para as casas de apostas dentro da sua indústria. Em algumas modalidades, as equipes e as organizações já estão presentes e fazem parte do dia a dia dos jogos e das competições. Em outras, como no caso da Riot, essas portas estão sendo abertas agora. É importante destacar que essa evolução na relação eleva a indústria das apostas ao posto de parceiro das modalidades de esporte eletrônico.

Assim como acontece nos esportes de movimento, como futebol, basquete e outros, as casas de apostas e o universo das apostas esportivas como um todo são, hoje, um dos grandes parceiros da indústria esportiva. No Brasil, por exemplo, os esportes passaram por algumas temporadas de muita escassez financeira. Diversas equipes e organizações tiveram que cortar custos e, até mesmo, disputar campeonatos sem patrocinadores por conta do desinteresse dos patrocinadores em ocupar essas lacunas de parceria.

Todos tendem a ganhar com essa aproximação. O cenário dos eSports, que ganham mais uma indústria muito forte para apoiar a manutenção dos atuais projetos e o desenvolvimento de outros, além do próprio mercado das apostas esportivas, que se aproximam de um público muito engajado e envolvido com os jogos, as competições e as equipes. Como sempre costumamos destacar, as apostas esportivas devem ser vistas como um parceiro do esporte, seja ele de movimento ou eletrônico. Não faz sentido alimentar qualquer tipo de relação que não seja amistosa entre esses segmentos.

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Escrito por Sérgio Ricardo Jr