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Especialistas cobram uma maior proteção da NHL aos jovens jogadores
qua 13 dez/23

Especialistas cobram uma maior proteção da NHL aos jovens jogadores


A organização da National Hockey League (NHL), uma das principais ligas de hockey do mundo, está sendo alvo de críticas por parte da sociedade canadense a respeito de uma suposta falta de proteção aos seus jovens atletas. Recentemente, o jogador Shane Pinto, do Ottawa Senators, recebeu uma longa suspensão de 41 jogos por parte da liga por conta do seu envolvimento em apostas esportivas. Esse e outros casos semelhantes levantaram questionamentos sobre a extensão da influência do universo das apostas no mundo do hóquei e, especialmente, sobre a vulnerabilidade dos atletas mais jovens ao envolvimento ilegal com essa atividade.

De acordo com informações divulgadas pelo site Gambling News, especialistas consultados pela imprensa canadense destacam a necessidade de uma abordagem mais robusta na proteção desses jovens talentos, e essa iniciativa deveria partir justamente da NHL. Frentes de estudo sobre a indústria de jogos e apostas alertam que a publicidade agressiva dos operadores que tomam conta desse mercado torna praticamente inevitável que alguns atletas acabem, de alguma forma, sendo seduzidos ao ato de apostar, o que naturalmente pode acarretar em diversos problemas morais e legais. 

Outras ligas

Esse debate não atinge somente a NHL. Enquanto a American Hockey League (AHL) está em discussões sobre possíveis alterações em suas políticas relacionadas aos jogos e as apostas, já a Liga Canadense de Hóquei (LCH) tomou uma postura proativa, implementando uma nova política de apostas antes do início da temporada atual. Nesse aspecto, o programa educacional da Canadian Hockey League (CHL) também é visto como uma boa iniciativa de proteção aos atletas, pois se dispõe a proporcionar aos atletas conhecimento sobre os perigos do jogo e os riscos associados às apostas.

Professores da Universidade de Calgary, como David Hodgins e Andrew Kim, destacam a importância de a NHL não ignorar os perigos do vício em apostas. Segundo o Gambling News, Hodgins apela para o reconhecimento da influência da publicidade na atração dos atletas para o jogo, enquanto Kim ressalta os riscos elevados que os adultos mais jovens enfrentam ao desenvolver tendências de dependência. O professor diz que essas situações estão “entrelaçadas” e que é algo difícil de resolver.

Sobre culpados e soluções

 Acredito que um dos pontos mais centrais do debate trazido pelo Gambling News em relação à cobrança social que a NHL tem sofrido para proteger melhor os seus atletas do universo das apostas está em concluirmos que essa problemática não tem relação somente ao caso específico do mundo do hockey. O debate transcende os limites esportivos e envolve a parte social dos seres humanos. Como disse o professor universitário consultado sobre o tema, os jovens adultos podem ser mais suscetíveis a propagandas, mas será que cabe às organizações de ligas tomarem as rédeas para resolver essa questão?

A pressão sobre jovens atletas para alcançarem o sucesso muitas vezes os coloca em um terreno vulnerável, onde diversas tentações podem surgir pelo caminho, incluindo as apostas. É louvável notar os esforços que algumas organizações estão tendo para implementar políticas preventivas e programas educacionais sobre como as apostas podem trazer riscos a vida profissional e pessoal dos atletas, mas questão como um todo parece ir além disso. O dever de cuidar das pessoas que eventualmente tenham problemas com apostas é realmente das federações? Não seria uma responsabilidade governamental? O trabalho preventivo é suficiente para evitar esse tipo de envolvimento ilegal?

A realidade é que vivemos em uma era em que a publicidade agressiva é uma constante não somente no ambiente das apostas esportivas, mas em múltiplos tipos de indústria. Como sabemos, esse fato é quase sempre respondido socialmente com pedidos de proibição, algo simples e que dificilmente resolveria a situação de verdade. Penso que poderíamos evoluir nesse aspecto a partir do momento em que a discussão deixe de ser uma questão disciplinar e se transforme em uma reflexão sobre como podemos construir um ambiente que promova a integridade esportiva e, ao mesmo tempo, proteja a saúde mental e emocional de todos os envolvidos no esporte, sejam torcedores, jogadores, treinadores e qualquer outro. Creio que perdemos muito tempo procurando culpados enquanto poderíamos estar empenhados em buscar soluções.

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Escrito por Sérgio Ricardo Jr

 

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