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Entain utiliza SBC Summit Lisboa para cobrar ações contra mercado ilegal no Reino Unido
sex 27 set/24

Entain utiliza SBC Summit Lisboa para cobrar ações contra mercado ilegal no Reino Unido


A Entain, uma das principais empresas de apostas esportivas do mundo, está intensificando seu apelo para que o governo do Reino Unido tome medidas mais rigorosas contra o mercado ilegal de apostas. Durante o SBC Summit Lisboa, o CEO da companhia, Barry Gibson, apresentou um relatório elaborado pela consultoria Regulus Partners, destacando a necessidade urgente de políticas que visem combater operadores não licenciados. Segundo o estudo, essas medidas poderiam fechar uma lacuna fiscal de quase £340 milhões nos cofres públicos britânicos.

Gibson enfatizou que o enfrentamento ao mercado ilegal deve ser uma prioridade global, ressaltando que a repressão a essas atividades não apenas combate o crime, mas também permite que recursos valiosos sejam destinados a áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura. Além disso, ele defendeu que a proteção aos consumidores seria significativamente aprimorada ao incentivar o uso de operadores regulamentados. O relatório revelou que, apesar da rigorosa estrutura regulatória do Reino Unido, o mercado ilegal de apostas continua a crescer. A situação é ainda mais crítica em países como França e Alemanha, onde até 60% da receita de apostas são direcionados a operadores não licenciados.

Para enfrentar essa ameaça crescente, o estudo da Regulus Partners propôs cinco contramedidas principais, incluindo o bloqueio de pagamentos para sites ilegais, restrições à publicidade, bloqueio de endereços IP e maior aplicação da lei criminal contra essas atividades. A criação de uma lista pública de operadores ilegais também foi sugerida, como forma de educar os consumidores e dissuadi-los de acessar plataformas não autorizadas.

O alerta da Entain vem na esteira de uma pesquisa recente da Frontier Economics, que estimou que cerca de 1,5 milhão de britânicos apostam £4,3 bilhões anualmente em plataformas ilegais. Diante disso, o Betting and Gaming Council (BGC) reforçou o pedido por regulamentações equilibradas e uma tributação estável, argumentando que aumentos de impostos sem o devido combate ao mercado ilegal podem empurrar ainda mais consumidores para essas plataformas. Gibson concluiu seu pronunciamento com um apelo claro: “Se seguirmos o caminho de mais aumentos de impostos em vez de combater o mercado ilegal, isso levará ainda mais clientes a operadores ilegais. Empresas responsáveis e regulamentadas é que serão prejudicadas”, finalizou o CEO da Entain.

 Aproveitando espaços

O apelo feito pela Entain no SBC Summit Lisboa reforçou a ideia de aproveitar espaços de grande magnitude, como os eventos e as reuniões de grande visibilidade direcionadas ao mercado de apostas, para provocar o debate sobre o combate ao mercado ilegal de apostas. A escolha de tocar em uma ferida coletiva é um exemplo de como esses momentos de projeção podem – e devem – ser aproveitados para promover melhorias na indústria de apostas.

Não é só o Reino Unido que sofre com o impacto negativo do mercado clandestino. Esse fenômeno é global e atinge tanto os consumidores quanto a percepção pública sobre a indústria de apostas, frequentemente associada a atividades ilegais e à falta de controle. No entanto, é justamente o mercado não regulamentado que alimenta essas percepções, comprometendo a imagem de operadores que seguem as regras.

A Entain está certa em levar esse debate para o Summit, e mais importante ainda, essa discussão deveria ecoar em eventos e fóruns ao redor do mundo. Operadores regulamentados devem se unir para fortalecer a conscientização sobre os perigos do mercado ilegal, utilizando feiras, conferências, propagandas e até reuniões governamentais como meios de pressão. Cada um desses espaços oferece uma oportunidade valiosa para educar o público e as autoridades sobre a necessidade de uma regulação eficaz, que não apenas proteja os consumidores, mas que também permita à indústria operar de forma mais transparente e responsável. Chega de pagar pelos erros alheios, né?!

 

Escrito por Sérgio Ricardo Jr

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