Dalcha Lungiabula x Marc – André Barriault
Luta entre médios que batem forte. O mercado de Over e Under, falarei mais detidamente na quinta-feira, é um nicho que venho estudando com bastante profundidade, desenvolvendo planilhas, cálculos, que tem se mostrado muito, mas muito interessante. Ainda mais quando nos deparamos com bookmakers tão bons, como são do UFC, e que raramente erram em suas previsões.
- Ok, e as zebras?
Respondo: as zebras ocorrem muitas das vezes não por conta da precificação estar desregulada. Estamos falando de MMA, não de futebol, right?! Desta forma, muitos são os fatores que podem interferir num resultado, muito mais sensível que num esporte coletivo.
No MMA se o camisa 10 não joga, não temos jogo ou, na grande maioria dos casos, troça-se de time (lutador). Sendo assim, basta uma noite mal dormida, um peso não batido ou mal recuperado, uma contusão escondida, um telefonema, a ausência de um corner de confiança, para que o resultado da luta seja diferente.
- Teve green no Over 2.5
Essa foi uma luta que me trouxe Green no over 2.5. De um lado temos a força bruta, Dalcha Lungiabula, do outro: técnica, envergadura e um pouco mais de “gasolina”, Marc – André.
Estava falando com um apostador sobre o resultado desta luta. Hoje, ele me segue e sempre conversamos, trocamos conhecimento e tal. Ele apostou no Dalcha e disse, “o cara é preta de judô, é melhor de quedas, ele entrou mal na luta.” Respondi a ele: “não irmão, não é pelo jato do cara ser oriundo de uma arte marcial que será necessariamente efetivo no MMA.”
- Treinadores que “inventam moda” e estragam atletas
E continuei a resenha colocando que, já vivi essa experiencia em vários camps, pois muitos treinadores “adotam” atletas e querem inventar a roda ao invés de fazer o feijão com arroz. Então, muito provavelmente o treinador do sul-africano vendo uma potência física diante de seus olhos, tentou transformar um grappler num striker. É ai que muita carreira promissora no MMA é queimada, pois, muitos atletas abandonam suas modalidades de origem e tentam se transformar noutro atleta. 100 por cento das vezes, afirmo sem medo de errar, não viram nem coisa, nem outra.
- A luta
Dito isso, Dalcha Lungiabula tentou trocar socos, pombos no 1R e sempre que tentava as quedas, elas vinham sem explosão e quando conseguia projetar Marc no solo, logo perdia o domínio e a luta voltava para a trocação. Ali foi nítido a falta de treinos de grappling, o que certamente lhe retirou a vitória das mãos.
Foi pombo dos dois lados, sem grandes danos, onde a envergadura, o volume e a técnica superior de Marc (3 valências) superaram a força bruta (1 valência) do sul-africano.
- Tom Aspinall x Sergey Spivac
Como venho dizendo e escrevendo há meses, Tom Aspinall é o novo talento dos pesados no UFC. Ele foi o meu Under 1.5, e esse veio sem muita necessidade de elucubrações. A diferença técnica entre os atletas era brutal. E, olha, Spivac é um atleta duro, finalizou Tai Tuivasa, fez luta parelha contra Marcin Tibura e venceu em uma luta muito disputada Carlos Felipe Boi, que é encrenca, uma das gratas revelações brasileiras nos pesados.
- Um peso pesado diferente
Mas, convenhamos, Aspinal é diferente. Está em outro patamar. Nem parece um peso pesado: é “leve”, extremamente técnico em todas as áreas, preciso, mesmo nunca indo para o 3 round, é nítido que tem gás para ir e levar a luta para onde bem entender, a depender do adversário. Ontem, não teve luta. Spivac tentou fugir, fugir, Aspinall angulou, cercou e quando ajustou a distância colocou a sequência que “matou” a luta, nem suou.
- Top 5
Mal posso esperar ver esse novo “fenômeno” pegar os grandes de sua categoria: Miocic, Ngannou, Jairzinho, Gane, Jon Jones. Dana White estará perdendo dinheiro se não jogá-lo logo as feras!
3. Till x Derek Brunson
Oh, decepção hein! Esse red foi doído. Fui no over 3.5. Ali foi nítido, transparente que Till não fez um camp também voltado para as posições defensivas de grappling. Prepotência de lutador, que muito provavelmente deve mandar no camp. Deve treinar o que quer, não o que precisa.
Esquece a idéia do Brunson disputar cinturão com Adesanya. Se lutarem 10 vezes, Brunson será nocauteado 11 e no round que campeão quiser. Não é ameaça. Porém, é nítido que Brunson hoje segue estratégia, é um atleta mais tático e inteligente. Ali foi nítida a diferença de um atleta que foi para vencer e o que foi pensando em nocautear.
- Volta pra academia, garoto! (Red doído)
Fosse o Till que estamos acostumados a ver, com um pouco mais de chão, vinha o green.
Bicho, o bá – si – co – ! Está de costas para o chão, fecha a guarda, trava a luta e espera o juiz mandar subir. Não entendi nada aquela meia guarda maluca. Isso é reação clara de atleta striker que não treina “pano” e que fica desesperado para voltar a lutar em pé. Faltou tudo para o Till, inclusive um bom corner e um head coach decente.
Até, pessoal.
1 comentário
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