Como os técnicos estrangeiros têm revolucionado o futebol brasileiro
O futebol brasileiro tem sofrido grandes mudanças nos últimos anos e a principal delas tem sido os treinadores.
Isso porque cada vez mais as diretorias dos clubes buscam por técnicos de outros países com a esperança de inovar o futebol e fazer com que o time conquiste títulos.
Mas por que e quando iniciou esse hábito de contratar treinadores de outros países?
O início
Não é de hoje que clubes brasileiros contratam técnicos de outros países para treinar, em 2003 por exemplo, três clubes brasileiros eram treinados por estrangeiros e desde então fomos evoluindo.
Em 2004, não tivemos nenhum técnico estrangeiro e em 2005 tínhamos um.
De 2006 a 2009, não havia nenhum treinador de fora no Brasil e em 2010, novamente tivemos apenas um.
De 2011 a 2013, mais uma vez não tínhamos nenhum técnico estrangeiro, porém foi o último ano que isso aconteceu, pois a partir de 2014 tudo mudou.
Em 2014, o Brasil contou com 2 técnicos estrangeiros, em 2015 com 3 e em 2016 com 4.
Em 2017, 2018 e 2019, foram 2,1 e 2, respectivamente e então disparou, passamos a contar com sete técnicos estrangeiros em 2020, nove em 2021 e dez, neste ano de 2022.
O ápice da mudança
O Brasil sofreu um grande choque depois que a Seleção Brasileira sofreu a goleada histórica na Copa do Mundo de 2014, sendo derrotado por 7 a 1 pela a Alemanha, no Mineirão e desde então percebeu que os treinadores eram tão importantes como os jogadores.
Desta forma, os clubes começaram a buscar por treinadores estrangeiros, tanto sul-americanos como europeus, para atuarem no Brasil, que é considerado o “país do futebol”.
Após o bom trabalho dos técnicos estrangeiros Jorge Jesus e Jorge Sampaoli em 2019, novamente aconteceu aquela edição do 7 a 1 e desta vez do lado de fora dos gramados. Desde então, a quantidade de treinadores estrangeiros alavancou.
Grandes técnicos estrangeiros
Grandes técnicos estrangeiros fizeram história no Brasil, como por exemplo, o treinador argentino Daniel Passarela, que em 2005, foi campeão brasileiro pelo Corinthians.
Já em 2019, depois de 60 anos de Campeonato Brasileiro, tivemos o primeiro e o segundo colocados do Brasileirão comandados por técnicos estrangeiros.
O Flamengo comandado pelo português Jorge Jesus não foi somente campeão, como teve a maior diferença aos rivais da era dos pontos corridos.
A distância de pontos só não foi maior porque na última rodada, o Flamengo foi derrotado por 4 a 0, para o Santos, que foi vice-campeão, com o time comandado pelo argentino Jorge Sampaoli.
Jorge Jesus
Desde que Jorge Jesus assumiu o Flamengo em 2019, a forma como os clubes brasileiros viam os técnicos estrangeiros mudou.
Isso porque com pouco mais de um ano de trabalho no comando da equipe carioca, Jorge quebrou recordes e escreveu um importante capítulo na história do Flamengo.
Com uma campanha inédita e histórica no Brasileirão, sob o comando de Jorge o Flamengo conquistou a taça da Libertadores, após 38 anos de jejum.
Além disso, também foi campeão da Supercopa do Brasil de 2020, a Recopa Sul-Americana de 2020 e o Campeonato Carioca de 2020.
Técnicos brasileiros X técnicos estrangeiros
Infelizmente a maior parte dos treinadores brasileiros são acomodados e não conseguem acompanhar a modernização do futebol. Muitos vivem com altos salários e não buscam cursos e especializações para se aprofundarem ainda mais e alavancarem a sua carreira, fazendo a diferença nos clubes.
Neste quesito os treinadores estrangeiros se sobressaem e os técnicos brasileiros estão perdendo para eles por puro comodismo.
Outro ponto, é que os técnicos que vem de outros países, tem uma cultura totalmente diferente da nossa. Na Europa por exemplo, não se troca tanto de técnico, já aqui no Brasil, os clubes querem resultados de forma imediata, o que acaba resultando em uma média de duração de trabalho menor do que eles estão acostumados.
Além disso, por não conseguirem desempenhar um trabalho longevo, os treinadores do Brasil não procuram se capacitar e sequer novas táticas e inovação.
Os técnicos do nosso país estão acostumados com o futebol brasileiro que roda em torno do improviso e da técnica individual do atletas, porém, a cada dia que passa, os clubes veem a necessidade de uma nova forma de jogar futebol, mais moderna e diferente daquele jogo que só contra-ataca.
Mas para melhorar os técnicos brasileiros, de forma geral, a CBF também tem que fazer a sua parte e inovar em sua formação de treinadores que até então, é mais centrada em profissionais daqui. Além disso, falta credibilidade nos cursos brasileiros.
Os campeões da vez
O que tudo indica é que o grande campeão da Série A do Brasileirão de 2022 será o Palmeiras, comandado pelo técnico português Abel Ferreira.
Se analisarmos um pouquinho a tabela da Série A veremos também o time do português Vítor Pereira, treinador do Corinthians, que no momento ocupa a 5ª posição e que levou o time para a final da Copa do Brasil e apesar de não terem levado o troféu fizeram uma ótima campanha.
Coincidência ou não, o grande vencedor da Série B deste ano, o Cruzeiro, também é comandado por um treinador estrangeiro e voltará, após três anos, para a elite nacional. O técnico uruguaio Paulo Pezzolano, foi o escolhido para comandar o clube mineiro com um futebol ofensivo, de linhas altas. O time não só subiu como quebrou recordes na Série B.
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Escrito por Paulina Costa