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Colunista do jornal O Globo questiona fiscalização das bets ilegais no Brasil
ter 18 fev/25

Colunista do jornal O Globo questiona fiscalização das bets ilegais no Brasil


Apesar da regulamentação das apostas esportivas no Brasil ter sido efetivada neste ano, a sociedade ainda se questiona sobre o tema. Em sua coluna no jornal O Globo, Lauro Jardim afirmou que ainda não há uma definição clara sobre quem é responsável por fiscalizar as operações ilegais no setor. Para ele, desde que o Ministério da Fazenda deu início ao processo regulatório em 1º de janeiro, diversas instituições financeiras continuam processando pagamentos para plataformas clandestinas, segundo levantamento de empresas do setor.

Essas transações seriam, em sua maioria, intermediadas por instituições de pagamento — empresas especializadas em facilitar movimentações financeiras, como compras e transferências. Entre os nomes envolvidos nesse processo, o colunista revela que as empresas Microcash, Prototype, Coop Creditag, Celcoin, Nitro e Fitbank, além de outras companhias que operam no mercado, fazem parte do núcleo que auxilia a clandestinidade do mercado de bets no país.

O setor de apostas, como sabemos, movimenta cifras bilionárias no Brasil. De acordo com um estudo da consultoria econômica LCA, aproximadamente R$ 25 bilhões circulam anualmente nesse segmento. No entanto, uma parcela significativa desse montante escapa da regulamentação. O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), entidade que representa 75% das casas de apostas regularizadas, estima que, somente em janeiro, as bets ilegais tenham faturado cerca de R$ 830 milhões.

Falta clareza

A regulamentação das apostas esportivas no Brasil trouxe consigo uma série de dúvidas que, até agora, não foram devidamente respondidas. Ainda que o setor tenha sido oficialmente legalizado, falta um esforço maior para comunicar essa mudança à sociedade. Muitas pessoas sequer sabem que o mercado passou por um processo de regularização, muito menos compreendem os seus mecanismos de funcionamento.

O questionamento levantado pelo colunista Lauro Jardim é pertinente: quem fiscaliza o setor ilegal? Como? Com quais ferramentas? O que tem sido feito para impedir a evasão financeira? São muitas perguntas e poucas respostas concretas. Esse é um problema global e, como esperado, também se reflete no Brasil. No entanto, há um fator preocupante por aqui: se a fiscalização das bets clandestinas já parece ineficaz, há o risco de que, com o tempo, a evasão se transforme em algo ainda mais grave do que em outras regiões do mundo.

A legalização do setor, por si só, não basta. O Brasil precisa de uma fiscalização clara, eficiente e, acima de tudo, transparente. Mais do que isso, precisa garantir que a população compreenda o impacto dessa regulamentação e os riscos que o mercado clandestino representa. Enquanto isso não acontece, o dinheiro continua escapando pelos caminhos da ilegalidade, sem que ninguém consiga dar uma resposta definitiva sobre como impedir esse cenário.

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