Chelsea e Stake negociam curto acordo de patrocínio para a próxima temporada
O Chelsea Football Club, uma das equipes mais renomadas do futebol inglês, está prestes a firmar um contrato de patrocínio com a empresa de apostas online Stake. Segundo informações do site britânico SportBusiness, o acordo garantirá à Stake um lugar de destaque na camisa do clube durante a próxima temporada. Por conta das recentes proibições envolvendo patrocínios de casas de apostas aos clubes ingleses, que devem entrar em vigor somente ao final da temporada 2025/26, o acordo negociado entre ambas as partes deve ter uma curta duração.
De acordo com as informações divulgadas pela imprensa inglesa, o contrato entre o Chelsea e a Stake deve ter duração de apenas 1 ano. Pelo acordo, o clube londrino deve ganhar da Stake cerca de £40 milhões (R$ 209 milhões), um valor semelhante ao recebido pelo Chelsea do seu antigo patrocinador, a empresa de apostas Three, que encerrou a parceria com o clube ao final desta temporada. Mesmo que esteja dentro das normas, a negociação entre Chelsea e Stake tem sofrido críticas.
Mudanças e proibições
Após longas discussões, a Premier League acertou com as equipes a retirada das casas de apostas do posto de patrocinador master dos clubes nas próximas temporadas. A medida, que entrará em vigor ao final da temporada 2025/26, prazo concedido aos clubes para que renegociem os espaços publicitários e minimizem os prejuízos, atende ao pedido do governo do Reino Unido, que tem atuado para alterar as regras vigentes relacionadas aos jogos e apostas.
Como anunciado, as equipes terão o prazo de alguns anos para se adequar às novas regras. Neste período, novos contratos e acordos de patrocínio poderão ser feitos, desde que não ultrapassem o tempo limite estipulado pela liga e o governo do Reino Unido. Essa é justamente a “brecha” encontrada por Stake e Chelsea para assinar um novo vínculo de patrocínio com curta duração. Apesar de permitido, o acordo sofre resistência na Inglaterra, visto que a opinião pública esperava que os patrocínios de casas de apostas aos clubes ingleses ficassem no passado após as mudanças recentes.
A decisão da Premier League de proibir o patrocínio de empresas de apostas em seu campeonato não é necessariamente uma novidade na Europa. Outras ligas importantes do futebol europeu também anunciaram restrições aos patrocínios de casas de apostas aos seus clubes. A La Liga, da Espanha, e a Série A, da Itália, também proibiram as empresas de jogos e apostas de serem patrocinadoras dos uniformes dos seus clubes. Na Itália, por exemplo, a decisão irritou profundamente alguns gestores de clubes, que até hoje reclamam aos governantes e tentam derrubar o veto.
Sobre a Stake
A Stake, por sua vez, terá sua a presença reforçada na Premier League com esse novo acordo de patrocínio costurado com o Chelsea. A marca de apostas já detém um acordo de patrocínio vigente com o Everton. Fundada em 2017 pelos empreendedores Ed Craven e Bijan Tehrani, a Stake é uma plataforma global de jogos online e apostas esportivas. Operada pela Medium Rare NV e licenciada em Curaçao, a empresa tem escritórios em diversos países, incluindo Sérvia, Austrália e Chipre. Reconhecida no setor iGaming, a Stake conquistou espaço no mercado e expandiu suas operações para o Reino Unido em dezembro de 2021, em parceria com a TGP Europe.
Pressão
O acordo de patrocínio entre a Stake e o Chelsea nem foi oficializado ainda, mas já sofre pressão de todos os lados. Diversas camadas da sociedade britânica estão decepcionadas com o clube londrino, visto que muitas pessoas esperavam que novos acordos de patrocínio envolvendo casas de apostas e clubes ingleses não fossem realizados. Por mais que Chelsea e Stake não estejam fazendo nada errado, será difícil para ambos suportarem a pressão nos próximos dias.
Na minha opinião, diante do novo cenário esperado para os patrocínios de clubes ingleses, não vale a pena comprar essa briga. Contudo, como já debatemos em outras oportunidades aqui na Casa do Apostador, o espaço de patrocínio dos clubes da Premier League é muito valioso para as casas de apostas, por isso não estranharia caso Stake e Chelsea, mesmo sofrendo pressão e críticas, banquem a negociação. Em qualquer outro cenário, o natural seria cancelar o acordo, mas esse não é um caso qualquer.
Confesso que estou ansioso para entender quais serão os próximos passos dessa história. Um cabo de guerra foi armado e, no final das contas, alguém vai ganhar. Sem competições internacionais e vindo de uma temporada péssima, o Chelsea precisa de dinheiro para reconstruir a equipe. Como sabemos, ninguém no mercado do marketing esportivo mundial hoje paga mais por acordos de patrocínio do que as casas de apostas. E aí? O que vai ser? O clube londrino vai começar a adequação às novas normas da Premier League desde já, como a sociedade inglesa espera, ou simplesmente vai aproveitar o prazo legal que ainda resta antes das proibições para faturar o máximo possível?
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Escrito por Sérgio Ricardo Jr