Aston Villa e Betano fecham maior acordo de patrocínio da história do clube inglês
O Aston Villa firmou um contrato histórico de patrocínio com a operadora de apostas esportivas Betano. Com um investimento anual estimado em cerca de £40 milhões, equivalente a impressionantes R$251 milhões, Aston Villa e Betano costuraram o maior contrato de patrocínio da história do clube inglês. Válido por dois anos, o patrocínio da casa de apostas entrará em vigor apenas na próxima temporada, coincidindo com a tão aguardada estreia da Adidas como fornecedora oficial de material esportivo do Aston Villa.
O valor substancial do contrato é notável, ultrapassando em mais que o dobro o patrocínio anterior com a marca chinesa de apostas esportivas BK8. Segundo fontes do jornal The Telegraph, o contrato anterior com a BK8, que tinha validade até 2026, será encerrado antes do previsto. Além de consolidar a sua posição como principal patrocinadora do Aston Villa pelas próximas temporadas, a Betano também garantiu a exclusividade como marca oficial de apostas para a Eurocopa 2024 e a Copa América deste ano, o que fortalece a presença da marca no cenário esportivo internacional.
Betano no Brasil
Enquanto isso, no Brasil, a Betano renovou o seu contrato de patrocínio máster com o Atlético-MG, mostrando presença forte também no futebol brasileiro. O novo acordo, que teve início em janeiro de 2021, faz com que a marca siga estampando o uniforme oficial dos jogadores do Galo, incluindo os uniformes da equipe feminina e de propriedades na Arena MRV, estádio utilizado pelo Atlético-MG em seus jogos.
Sérgio Coelho, presidente do Atlético Mineiro, destacou a grandiosidade da parceria com a Betano, ressaltando os resultados positivos obtidos e o crescimento da marca no mercado. “Entre as empresas de apostas, a Betano é uma das maiores e mais prestigiadas do mundo. E está ampliando o contrato com o Galo porque colheu resultados. Isso só é possível quando se tem uma marca grandiosa e em franco crescimento, como é a do Galo”, afirmou Coelho.
Mudança prevista
Vale lembrar que, apesar do acordo entre Aston Villa e Betano ser legal, a Premier League já definiu a mudança em sua política de patrocínio, proibindo os clubes de estamparem marcas de apostas esportivas em seus uniformes a partir da finalização da temporada 2025/2026. Após prolongadas discussões que envolveram os clubes, o governo e a própria organização da liga, foi decidido que as casas de apostas serão retiradas do posto de patrocinador master das equipes ao término da temporada 2025/26.
Essa medida surgiu como resposta às crescentes preocupações sobre os impactos das apostas na sociedade, especialmente sobre os jovens torcedores. Essa alteração aconteceu após muitas negociações entre a Premier League, os clubes e o Departamento de Cultura, Mídia e Esporte do governo do Reino Unido. A decisão da Premier League de proibir o patrocínio de empresas de apostas em seu campeonato não é necessariamente uma novidade na Europa. Outras ligas importantes do futebol europeu também anunciaram restrições aos patrocínios de casas de apostas aos seus clubes. A La Liga, da Espanha, e a Série A, da Itália, também proibiram as empresas de jogos e apostas de serem patrocinadoras dos uniformes dos seus clubes.
Última gota
A notícia sobre o acordo de patrocínio entre o Aston Villa e a Betano nos leva a uma reflexão interessante sobre a dinâmica do futebol moderno e suas relações comerciais. É inegável que os clubes ingleses estão explorando ao máximo as oportunidades oferecidas pelo mercado das apostas esportivas, aproveitando os anos restantes antes da proibição imposta pela Premier League.
O valor substancial deste contrato entre Aston Villa e Betano, ultrapassando em muito o anterior, demonstra o poder financeiro envolvido na competição do setor de jogos e apostas. Certamente é uma estratégia inteligente dos clubes garantirem acordos lucrativos enquanto ainda é permitido. Afinal, não se pode ignorar a importância do dinheiro para a competitividade no futebol moderno.
Ainda assim, é preciso reconhecer que, enquanto essas parcerias são legais, os clubes estão buscando aproveitar ao máximo as oportunidades disponíveis para garantir sua estabilidade financeira. O equilíbrio entre o aspecto comercial e o compromisso com o bem-estar dos fãs e da comunidade é uma questão delicada, mas claramente os clubes estão dispostos a beber até a última gota desta vasta fonte financeira.
Escrito por Sérgio Ricardo Jr