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ANJL propõe ao Ministério da Saúde medidas para prevenir vício em apostas
sex 20 dez/24

ANJL propõe ao Ministério da Saúde medidas para prevenir vício em apostas


A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) solicitou ao Ministério da Saúde uma reunião para negociar cooperação técnica com a pasta e a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda no combate ao vício em apostas no Brasil. A iniciativa pretende alinhar as práticas comerciais do setor com medidas de responsabilidade social. A articulação foi liderada pela Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), que reúne plataformas como Betnacional, Aposta Ganha e Sorte Online.

Também participaram da mobilização a Associação Internacional de Gaming (Aigaming) e a Associação Brasileira dos Operadores e Provedores Internacionais de Jogos (ABRAJOGO). O pedido foi encaminhado à ministra da Saúde, Nísia Trindade, aos secretários Régis Dudena e Giovanni Rocco Neto, além de Sônia Barros, diretora do Departamento de Saúde Mental. A proposta das associações surge em um momento de crescente preocupação com os riscos relacionados ao vício em apostas, que incluem impactos negativos na saúde mental e o endividamento dos apostadores.

A iniciativa busca enfrentar essas questões de forma estruturada, com medidas preventivas e mecanismos de monitoramento rigoroso. Entre as ações sugeridas estão o desenvolvimento de um estudo para mapear o perfil dos apostadores, identificando padrões de comportamento e possíveis transtornos associados ao jogo. O levantamento seria validado tecnicamente pelo Ministério da Saúde, garantindo credibilidade e embasamento científico. Outra proposta é a adoção de sistemas baseados em inteligência artificial, capazes de monitorar, em tempo real, práticas suspeitas e comportamentos problemáticos.

Para reforçar a segurança, as associações propõem ainda a criação de diretrizes específicas para o monitoramento responsável, com protocolos que orientem as plataformas de apostas a lidar com situações de risco de maneira eficiente. A formação de um grupo de trabalho interinstitucional, composto por representantes do governo e do setor privado, também foi sugerida para padronizar práticas e estabelecer indicadores de monitoramento consistentes.

Além dessas medidas, foi destacada a necessidade de criar um sistema nacional de identificação e acompanhamento de jogadores em situação de risco. As plataformas poderiam aplicar restrições personalizadas, como limitar valores de depósito, bloquear apostas em condições específicas e suspender bonificações. Com essas iniciativas, as associações pretendem criar um esforço conjunto para monitorar o real impacto das apostas no Brasil.

Proatividade

A iniciativa da ANJL e de outras associações de apostas de buscar uma cooperação técnica com o Ministério da Saúde merece ser reconhecida e valorizada. Essa postura proativa demonstra o compromisso do setor com a construção de um mercado regulado, que priorize tanto o desenvolvimento econômico quanto a responsabilidade social. Com a regulamentação do mercado de apostas no Brasil prevista para janeiro, é essencial que ações como essas sejam apoiadas, pois elas ajudam a garantir que o mercado funcione de maneira sustentável e segura para todos.

No entanto, é importante refletir sobre o histórico de relação entre o governo e a indústria de apostas no país. Desde o início da idealização do mercado legal, o setor vem oferecendo conhecimento técnico e sugestões para evitar problemas previsíveis. Infelizmente, em diversas ocasiões, as autoridades optaram por ignorar essas contribuições e seguir caminhos próprios. Essa abordagem já resultou, e continuará resultando, em problemas que poderiam ser evitados com o diálogo e a cooperação.

Desta vez, é fundamental que o governo adote uma postura mais aberta e receptiva. A implementação de medidas como o monitoramento em tempo real, o estudo sobre os apostadores e as restrições personalizadas são ferramentas indispensáveis para identificar rapidamente comportamentos de risco e oferecer suporte adequado às pessoas afetadas. O vício em apostas é uma questão séria, que demanda atenção e esforços conjuntos entre setor público e privado.

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