F1: FIA dará benefícios a equipes com problemas em 2026
Casa do Apostador Carregando...
sex 15 ago/25

FIA dará benefícios a equipes da F1 com problemas no motor de 2026


As últimas mudanças de regulamento técnico na F1 favoreceram o surgimento de hegemonias como as da Mercedes, com os motores de 2014, e da RBR, com os carros sob efeito solo em 2022. Mas, a Federação Internacional do Automobilismo (FIA) assegura que este não será o caso com as novas regras que valem a partir de 2026; a entidade já prevê normas para tentar equilibrar a disputa.

A entidade vai impor um teto de gastos no desenvolvimento das unidades de potência e, para minimizar o impacto do controle financeiro, concederão benefícios às equipes cujo desempenho dos motores for aquém do esperado.

Hoje a F1 tem como fabricantes a Mercedes, Honda, Renault e Ferrari; a partir do ano que vem, a categoria passa a contar com a Audi e a Ford, parceira da RBR. Ainda não se sabe qual unidade de potência a Cadillac, 11ª equipe do grid, vai adotar.

– Esse conceito é chamado de ADUO, sigla para Additional Development and Upgrade Opportunities (Oportunidades Adicionais de Desenvolvimento e Atualização). A cada cinco ou seis corridas, será avaliada a média de desempenho de cada fabricante; aqueles que estiverem abaixo de um determinado nível, e dependendo de quanto estiverem abaixo, receberão esse benefício acumulado ao longo do ano: dinheiro adicional para desenvolvimento, mais horas de testes em dinamômetro e a possibilidade de fazer uma nova homologação do motor. Assim, aqueles que estiverem atrás terão a oportunidade de acelerar e recuperar o atraso – detalhou Nicholas Tombazis, diretor de monopostos.

Os motores ainda serão híbridos – parte elétrico, parte combustão. Porém, passarão a ser mais sustentáveis, com uso de combustível 100% verde, e mais simples, com a remoção do MGU-H (sistema de recuperação de energia emitida pelos gases).

A simplificação dos motores já é um ponto a favor de mais paridade entre as montadoras; a Mercedes obteve significativa vantagem em primeiros projetos porque marca já trabalhava com unidades de potência semelhantes desde 2011; o time obteve uma sinergia quase perfeita entre os componentes do dispositivo: o MGU-H e o MGU-K, o turbo, o motor de combustão interna (ICE) e a bateria.

O chassi da equipe alemã da F1 foi concebido para trabalhar em harmonia com a unidade de potência, departamento chefiado na época por Andy Cowell – hoje chefe da Aston Martin na F1.

Grid de carros da F1 2025

Como resultado, o time dominou a era dos motores híbridos e faturou, entre 2014 e 2021, oito campeonatos de construtores da F1 e sete de pilotos, sendo seis com Lewis Hamilton e um com Nico Rosberg. A Mercedes, por sinal, se opôs ao primeiro projeto que já previa a remoção do MGU-H dos motores, visando 2021. A pandemia do coronavírus adiou quaisquer mudanças no regulamento da F1.

– Não creio que teremos uma situação em que um único fabricante tenha uma vantagem tão grande como em 2014. Os motores ainda não são tão simples como gostaríamos, enfrentamos muita resistência contra uma maior simplificação dos regulamentos. Mas eles ainda são mais simples do que a geração atual. Eles não têm o MGU-H e há algumas coisas que têm limites mais rígidos, então não achamos que as disparidades serão tão grandes quanto em 2014 – assegurou Tombazis.

Segundo Tombazis, o desempenho dos motores vai ser medido por meio do motor de combustão interna ao longo das cinco primeiras corridas de cada temporada. Com uma média de potência em mãos, a FIA vai avaliar se alguma montadora possui um projeto com capacidade 3% menor em comparação com sua rival mais bem-sucedida – se sim, esta será beneficiada com o pacote de auxílio.

A federação também vai abrir exceções caso se confirmem problemas de confiabilidade, para evitar que quebras sucessivas possam prejudicar o desenvolvimento dos motores de alguma competidora ou afetar o teto de gastos:

– Imagine alguém cujo motor explode a cada fim de semana. Cada motor custa muito dinheiro. De repente, estão esgotando seu limite de gastos e as equipes precisam reduzir o desenvolvimento para permanecer abaixo do teto. Para isso, temos algumas iniciativas nas quais, uma vez que você use mais do que um certo número de motores, você começa a ter um certo alívio no limite de gastos.

Em 2026, não apenas os motores da F1 vão mudar, como também os carros. Os veículos serão menores, terão uma asa dianteira móvel que vai determinar as configurações para retas e curvas, e deixarão de contar com o DRS (redução de arrasto, com a abertura da asa traseira).

Um dos principais impactos se dará na redução do efeito solo: com o fundo dos carros parcialmente plano, a parte inferior dos veículos vai deixar de gerar a maior parte da pressão aerodinâmica dos monopostos. Foi sob esse tipo de carro, introduzido em 2022, que a RBR se fortaleceu e tornou-se campeã de construtores (2022 e 2023) e de pilotos (2022, 2023 e 2024) com o tetracampeão da F1 Max Verstappen.

Fonte: GE

Leia também:

Apostas ao vivo valem a pena?

O mito do observador de esportes

Bortoleto e mais cinco: veja comparação entre os novatos da F1

Atalanta faz proposta de até R$ 250 milhões por ex-Flamengo

Flamengo recebe proposta e pode trocar patrocínio máster

FIFA pressiona CBF a rever publicidade de bets no VAR

Governo estuda cobrar bilhões em imposto retroativo das bets

Deixe seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *